Presidente mexicano manifesta vontade de se reunir com Fidel
As relações bilaterais entre México e Cuba estão prestes a ser normalizadas. O presidente mexicano, Enrique Peña Nieto chegou a Havana nesta terça-feira (28) para participar da 2ª Cúpula da Celac e anunciou que fará uma visita oficial à ilha após as atividades da entidade. O mandatário também declarou interesse em se encontrar com o líder histórico da Revolução Cubana, Fidel Castro “seria um prazer”, afirmou.
Publicado 28/01/2014 19:16

Foto: Ismael Francisco/ Cubadebate
Os países tiveram as relações prejudicadas há 12 anos durante a presidência de Vicente Fox (2000-2006). Mas agora, com a volta do Partido Revolucionário Institucional (PRI) ao poder, os países trabalham para normalizar a situação.
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Em artigo publicado nesta terça-feira (28) no jornal Granma, Peña Nieto elogiou o papel de Cuba na presidência temporária da Celac e a iniciativa da ilha de declarar nossa região como “Zona de Paz”. Segundo ele, “a Celac se converteu na expressão fundamental da irmandade latino-americana, emulando a ‘grande Confederação dos Povos da América Latina’, concebida por José Martí”, herói da independência cubana, que comemora seu 161º aniversário de nascimento.
“Durante a presidência de Cuba em 2013, a Celac se consolidou como um mecanismo vital para aprofundar o diálogo e a integração política, econômica, social e cultural de nossos países. Graças à liderança cubana, a voz da nossa região começa a se projetar com maior força no mundo. Exemplo disso foram os diálogos realizados por esta comunidade com a China, Coréia, Japão, Rússia, Turquia e com o Conselho de Cooperação dos Estados Árabes do Golfo”, afirmou o mandatário.
“É da responsabilidade de todos os governos que integramos a América Latina e o Caribe, que o crescimento econômico que estamos atingindo, não signifique uma maior concentração de riqueza em poucas mãos. Daí a importância da partilhar experiências e melhores práticas para reduzir as desigualdades sociais”, disse ao referir-se à necessidade de lutar contra a fome, pobreza e desigualdade, metas da Celac.
Poderia parecer sintoma do efeito integracionista, mas a conclusão de seu texto não nos deixa enganar. O mexicano, cujo alinhamento com os Estados Unidos é evidente, quer vantagens econômicas com a ilha que está modernizando sua economia, reformando e ampliando o Porto de Mariel – cuja primeira fase foi inaugurada pela presidenta Dilma Rousseff nesta segunda (27). “O México deseja acompanhar e respaldar Cuba no processo de atualização econômica e social que está empreendendo”, escreve Peña Nieto.
Assim, a questão para o México é estar em Cuba quando e se a ilha resolver abrir sua economia e não perder espaço para outros países – como o Brasil que, por solidariedade – já está investindo no país.
Da Redação do Portal Vermelho,
Vanessa Martina Silva