Bancada do PCdoB cobra que Prefeitura enfrente o caos na capital

No primeiro dia de sessão ordinária na Câmara Municipal de Porto Alegre, os vereadores do PCdoB, Jussara Cony e João Derly, cobraram posicionamento da Prefeitura para solucionar o caos na cidade. A Capital completou nesta segunda-feira uma semana de greve dos rodoviários. Sem transporte público, a cidade acumula prejuízos para trabalhadores e comerciantes.

joão derly e jussara cony - Divulgação

Segundo Jussara, é hora do Prefeito assumir as responsabilidades com o povo de Porto Alegre. “As pessoas votaram no Fortunati a partir de uma série de promessas e de uma cidade cenográfica exibida na propaganda de TV”, destacou ao afirmar que o transporte público municipal é responsabilidade do Prefeito e não pode ser empurrado para os trabalhadores e até mesmo a empresários. “A greve dos rodoviários é justa! A luta por melhores condições de trabalho não pode ser responsabilizada pela inoperância da Prefeitura na realização da licitação e gerência do transporte público”.

Para melhorar a gestão nas empresas públicas, Jussara Cony voltou a enfatizar a necessidade de regulamentar o artigo 24 da Lei Orgânica do Município, conforme acordo construído entre Prefeitura e bancada do PCdoB no fim do ano passado. A proposta prevê as regras para eleição de um dos diretores das empresas públicas, como a Carris, pelos trabalhadores. “A previsão da eleição existe desde 1989 e não é cumprida por falta de regulamentação. A Carris e as empresas públicas precisam de mais transparência e eficiência na gestão. É essencial votar esse plano”, ressaltou.

O vereador João Derly cobrou agilidade para a licitação do transporte coletivo. “São mais de 1 milhão de pessoas prejudicadas pela crise no transporte público da nossa cidade. É fundamental que a licitação preveja transporte de qualidade e mais barato para os trabalhadores”, ressaltou. O vereador lembrou que não é só o transporte público que vive um caos na cidade: “A inoperância da Prefeitura faz com que os trabalhadores da saúde estejam em vias de deflagrar greve e o Complexo Cultural do Porto Seco está – mais uma vez – interditado faltando menos de um mês do Carnaval”.

De Porto Alegre,
Tiago Medina