Vanessa pede rapidez na apuração de caso de pedofilia em Coari 

Assim como a CPI da Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes da Câmara dos Deputados, a senadoria disse que a Procuradoria da Mulher no Senado está acompanhando de perto o desenrolar do caso.

“Como Procuradora da Mulher no Senado, independentemente de ser do Amazonas, em qualquer Estado faríamos o mesmo, essa é nossa obrigação, encaminhei não apenas expediente solicitando informações, mas solicitando ao TJ-AM celeridade na tramitação dos processos, porque as denúncias são antigas e nada acontece”, discursou a senadora (foto ao lado).

A senadora lembrou que o Ministério Público do Amazonas já possui elementos suficientes para ingressar com uma ação penal contra o prefeito. Ela diz que crime de pedofilia é grave. “É crime contra pessoas humanas, contras mulheres. No geral, contra meninas. E crimes que devem ser combatidos, devem ser punidos exemplarmente, para que não se repitam”, disse.

“E a Procuradoria da Mulher estará atenta a este e a tantos outros casos assemelhados para que não continuem a ocorrer, pois destroem não só pessoas, mas destroem famílias, destroem vidas, destroem esperanças”.

Depoimentos

Os promotores do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), Fábio Monteiro e Leda Mara Albuquerque, Ministério Público do Amazonas (MPE-AM), que ouviram o prefeito em depoimento, contaram que no início de dezembro do ano passado, uma mulher procurou o MPE alegando ter sido vítima de exploração sexual envolvendo o prefeito de Coari. A partir de então, outras nove possíveis vítimas procuraram o órgão afirmando que também foram abusadas sexualmente.

O processo investigatório segue sob sigilo de Justiça por se tratar de exploração sexual envolvendo menores de idade. O promotor Fábio Monteiro disse que “nós ainda estamos na fase de ouvir as pessoas citadas nos depoimentos e a principal pessoa citada é o prefeito de Coari, Adail Pinheiro, além de pessoas ligadas diretamente a ele”.

Constam na lista dos novos investigados pelo MPE os pais de possíveis vítimas da rede de exploração. “Sabemos que existem pais de menores que colaboram com esse esquema. Temos que punir também os responsáveis por esses menores que colaboram com esse tipo de prática. Alguns familiares serão responsabilizados por isso”, disse a promotora Leda Mara.

Da Redação em Brasília
Com Agência Senado