Evo: Arbitragem internacional favorece empresas, não o Estado

O Tribunal de Haia, principal órgão judiciário da ONU determinou que a Bolívia deverá pagar US$ 41 milhões em indenização por considerar que a expropriação da Rurelec, empresa inglesa do setor energético, realizada pelo governo do presidente Evo Morales em maio de 2010, foi ilegal.

Presidente da Bolívia, Evo Morales, durante participação na 2ª Cúpula da Celac em Havana| Foto: Ladyrene Pérez/ Cuba Debate

O mandatário afirmou nesta quarta-feira (5) que respeita as decisões de tribunais internacionais, mas ressalvou que nestes casos a arbitragem favorece as companhias privadas e nunca o Estado e informou que uma equipe estuda o laudo para definir novas ações.

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Segundo a sentença, o país pode optar por pagar US$ 35,5 mihões mais juros diários de 5,6% até o fim do pagamento. Além disso, US$ 5,5 milhões na forma de dividendos (taxa de lucro da empresa) declarados não pagos antes da nacionalização da usina Guaracachi, na qual a empresa inglesa tinha 50,01% das ações.

O argumento levado em conta a favor da rempresa Rurelec é que a administração boliviana vulnerou o tratado de proteção de investimentos firmado entre Bolívia e Reino Unido.

Por sua vez, Evo garantiu que os investimentos na Bolívia sempre serão respeitados, mas as nacionalizações sempre estarão vigentes quando for comprometida a soberania nacional ou quando houver interesse político.

O Procurador Geral Hugo Montero afirmou que será apresentado um recurso legal para que a Bolívia não pague a indenização.

Da Redação do Portal Vermelho,
com informações da Xinhua