Opositor que convocou protestos violentos é preso na Venezuela

O dirigente opositor venezuelano Leopoldo López se entregou nesta terça-feira (18) a membros da Guarda Nacional, em Caracas. Conforme havia anunciado anteriormente, ele compareceu à marcha que convocou contra o governo do presidente Nicolás Maduro e, do local marcado para a concentração, informou os manifestantes sua decisão. 

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"Tinha a opção de deixar o país, mas eu não vou sair da Venezuela nunca. A outra opção era ficar escondido, na clandestinidade, mas essa opção poderia deixar dúvida e alguns podiam pensar que tínhamos algo a esconder", afirmou López em seu discurso divulgado em vídeo pelo diário venezuelano El Universal, que também faz oposição ao governo.

O site Iguana TV publicou imagens do dirigente da organização Vontade Popular sendo levado pelos policiais. A agência Prensa Latina confirmou a prisão de López, que é acusado pelo presidente venezuelano, Nicolás Maduro, de ser o autor intelectual da violência que provocou três mortes nos protestos da última quarta-feira (12).

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Desde então, ele é procurado pela justiça por delitos como incitação ao crime, intimidação pública, danos à propriedade pública e homicídio doloso e executado por razões triviais. Segundo o mandatário, o objetivo dos grupos opositores é repetir a ação de 11 de abril de 2002, quando se executou um golpe de Estado contra o comandante da Revolução Bolivariana e ex-presidente Hugo Chávez. López conduz uma campanha denominada “A Saída”, na qual se propõe à população ir às ruas para uma mudança de governo.

A jornada convocada pelo opositor Leopoldo López teve início em Caracas por volta das 10h (horário local). Meios de comunicação noticiaram que um forte dispositivo de segurança havia sido montado na Praça Brión, onde se concentrariam os manifestantes que fazem oposição a Maduro. Contudo, o ministro do Interior, Miguel Rodrigues, veio a público para dizer que, por ordens do presidente, a polícia desbloqueou os acessos ao local para permitir que as pessoas convocadas para esta marcha circulassem livremente.

Théa Rodrigues, da redação do Vermelho,
Com informações da Prensa Latina, Iguana TV e agências