Não aceitaremos um golpe na Venezuela, diz ministra da Defesa

Durante uma reunião com o alto escalão militar, a ministra da Defesa da Venezuela, Carmen Meléndez, enfatizou nesta terça-feira (18) que a Força Armada Nacional Bolivariana (Fanb) não aceitará “um governo que não surja pela via constitucional”. 

Não aceitaremos um golpe na Venezuela, diz ministra da Defesa - AVN

Segundo Carmen, a Fanb está trabalhando junto ao presidente Nicolás Maduro e ao povo. “Estamos mais unidos do que nunca e não permitiremos um cenário similar ao de 11 de abril de 2001, quando a direita realizou um golpe de Estado contra o comandante Hugo Chávez”, afirmou ela, que manifestou, em nome do alto escalão militar, “total apego a Constituição e às leis da República Bolivariana”.

A ministra enfatizou ainda que “de nenhuma maneira contemplaremos a tomada do poder por via ilegal” e disse que os militares da Fanb rejeitam “contundentemente as ações violadoras das leis por parte de um setor e apoiadas por estrangeiros”.

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Segundo ela, alguns dos líderes da direita “atentam com violência contra pessoas e se afastam da margem da ordem, do respeito e da dor alheia, chegando, inclusive, a causar a morte de pessoas e danos à propriedade privada”.

Carmen afirmou que rechaça as ações de violência “porque só criam um clima de violência indesejado”. “Nós usaremos nossas Forças Armadas legitimamente, enquanto for necessário e com absoluto apego às leis”, assegurou a ministra da Defesa.

Diretor do Serviço de Inteligência é exonerado

Também nesta terça-feira (18), o presidente venezuelano, Nicolás Maduro, exonerou o general Manuel Bernal, diretor do Serviço Bolivariano de Inteligência Nacional (Sebin). Bernal reconheceu que membros do Sebin desobedeceram a ordem de ficar no quartel na última quarta-feira (12).

"Os únicos policiais e funcionários que deviam estar nas ruas, como estiveram contendo a violência, era a Polícia Nacional e a Guarda Nacional (polícia militar) em uma segunda linha", disse o governante.

Gustavo González deve substituir Bernal, de acordo com a edição da "Gazeta Oficial" que circulou nesta terça-feira. Segundo o informe, a decisão se baseia em "o supremo compromisso e vontade de conseguir a maior eficácia política e qualidade revolucionária na construção do socialismo".

Da redação do Vermelho
Com informações da Telesur e de agências