TV interativa traz serviços da Secretaria da Mulher

Informações sobre como usar o Ceam e a Casa Abrigo se juntam a explicações relacionadas à Lei Maria da Penha

TV pública digital e interativa começa a funcionar no DF - Brito/GDF

O Governo do Distrito Federal (GDF) e a Empresa Brasileira de Comunicação (EBC), do governo federal, lançaram na tarde desta segunda-feira (17), em Samambaia, o projeto piloto Brasil 4D, a primeira TV pública, aberta, digital e interativa do mundo.

O canal, que será acessado inicialmente por 70 famílias de Samambaia, traz informações sobre serviços oferecidos pela Secretaria da Mulher e, ainda, pelas secretarias do Trabalho, Desenvolvimento Social e Saúde, além de órgãos federais como INSS, Banco do Brasil e Caixa Econômica.

A secretária da Mulher, Olgamir Amancia, que participou da solenidade, no Centro de Referência de Assistência Social (Cras), em Samambaia Sul, fez questão de destacar a importância do Brasil 4D para a promoção da cidadania e, em especial, dos direitos femininos.

“Esse projeto permite ao governo, ao Estado levar à população mais carente informações sobre o acesso a políticas públicas. Ao incluir os direitos da mulher, mostra como as novas tecnologias podem ser usadas em benefício do desenvolvimento de toda a sociedade e, também, para determinados grupos que enfrentam algum tipo de vulnerabilidade”, afirmou Olgamir.

Após a solenidade, que contou com a presença do secretário da Casa Civil, Swerdemberg Barbosa, representando o governador Agnelo Queiroz, e do presidente da EBC, Nelson Breve, os convidados, entre eles, integrantes do Fórum Nacional de TV Digital, foram até à casa de dona Vilma, a duas quadras do Cras, uma das contempladas pelo projeto, para assistir à primeira transmissão direta do canal.

A ideia é atingir 300 residências em Samambaia e Ceilândia até o fim do projeto piloto, previsto para ficar no ar durante os próximos três meses. A programação, em alguns casos, como o serviço de vagas no mercado de trabalho, será atualizada diariamente, segundo informou o superintendente de Suporte da EBC, André Barbosa Filho, coordenador-geral do Brasil 4D.

Os demais conteúdos deverão ser mudados a cada semana. A audiência será monitorada por pesquisadores do Instituto de Pesquisa Econômica e Aplicada (Ipea), para estudos posteriores sobre a aceitação e eficácia da programação e sua repercussão sobre a melhoria de vida das famílias a partir do uso dos serviços oferecidos pelo canal.

COMO É – Para ter acesso ao canal de serviços, o morador recebe em casa um set top box (conversor) que é acoplado à sua televisão. Ao sintonizar no canal 2, TV Brasil, um tutorial é disponibilizado na tela para facilitar o entendimento e a escolha do serviço que a pessoa deseja. A navegação é toda feita por meio do controle remoto. Os moradores escolhidos para participar da experiência integram os programas Bolsa Família e DF sem Miséria.

Na primeira fase do projeto, a Secretaria da Mulher oferece informações sobre os serviços de acolhimento às mulheres vítimas de violência, com destaque para o Ceam e a Casa Abrigo. Além disso, disponibiliza a programação da Carreta da Mulher e mais um quiz (jogo de perguntas e respostas) sobre a Lei Maria da Penha, com explicações sobre os cinco tipos de violência doméstica, previstos na Lei – física, psicológica, moral, sexual e patrimonial.

Na segunda fase, a Secretaria da Mulher agregará à multiprogramação do Brasil 4D serviços que investem na autonomia e emancipação feminina, como os projetos Prospera Mulher e Rede Mulher Artesã. Na área da educação, será focalizado o programa GDF Fazendo Gênero na Escola, que tem, entre outros produtos, o Jogo da Mulher.

RECONHECIMENTO – A experiência, que já ocorreu com 100 famílias de baixa renda de três comunidades de João Pessoa (PB), é coordenada pela EBC. O piloto na Paraíba apresentou informações sobre saúde, trabalho, cadastro único e INSS.

Na versão do DF, considerado a unidade da federação mais bem equipada do País para atender as mulheres em situações de vulnerabilidade, o item "mulher" foi incluído no menu da programação.

"Isso representa um reconhecimento à importância e à qualidade do serviço que prestamos às mulheres do Distrito Federal. No relatório da CPMI (Comissão Parlamentar Mista de Inquérito) do Congresso Nacional, que investigou crimes contra as mulheres, o DF é citado como a unidade da federação mais preparada para dar assistência às mulheres", lembrou a secretária Olgamir.

Depois do DF, São Paulo será o próximo lugar a receber o Brasil 4D, informou André Barbosa. Ele fez questão de destacar que, mesmo após o período de experiência, o aparelho continuará na casa dos moradores que participarem do piloto, pois a expectativa é que a TV interativa seja implantada, de forma ampla, em breve.

O projeto Brasil 4D tem ainda parcerias com Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), DataSUS, Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal, Totvs, HMATV, Oi e Telebrás.

Fonte: Ascom/Secretaria da Mulher