EUA voltam a falar em "ação militar" contra Síria

Os Estados Unidos avaliam possíveis opções militares contra a Síria, que incluem o aumento da ajuda aos bandos armados e o estabelecimento de uma zona de proibição de voos, assinalou hoje a rede de televisão a cabo CNN.

Depois do fracasso das negociações de paz em Genebra, Suíça, a administração do presidente Barack Obama avalia novamente a possibilidade do uso da força, assim como a implementação de medidas diplomáticas e de inteligência que tinham sido adiadas na espera de uma possível solução pacífica ao conflito.

As opções militares preveem o lançamento de mísseis de longo alcance para evitar que o governo sírio utilize seus meios aéreos e para criar zonas "com fins humanitários" controladas pelos grupos subversivos afins aos Estados Unidos, com o fim de treiná-los e lhes fornecer apoio logístico.

Meios de comunicação norte-americanos revelaram esta semana que o secretário de Estado, John Kerry, analisou estes temas com o ex-diretor da CIA e general aposentado David Petraeus, que renunciou a seu cargo na agência de espionagem em 2012 depois de um escândalo por manter uma relação extraconjugal.

O presidente da Junta de Chefes do Estado Maior e principal assessor militar da Casa Branca, general Martin Dempsey, revelou em uma audiência senatorial em 2013 que ele pôs nas mãos do Obama um leque de opções para o uso da força contra o país do Oriente Médio, as quais foram submetidas à consideração de várias agências federais.

No entanto, Dempsey, o oficial de mais alta patente nos serviços armados norte-americanos, tem sido um dos funcionários do governo mais cautelosos no uso da força contra a Síria.

Os Estados Unidos deslocaram várias baterias de mísseis antiaéreos Patriot e caças F-16 para a Jordânia e a Turquia no ano passado, que seriam parte integral de uma possível operação para criar uma zona de proibição de voos contra a Síria.

As autoridades de Damasco denunciaram em reiteradas ocasiões que os Estados Unidos e seus aliados europeus e árabes fornecem apoio logístico de todo tipo aos grupos armados antigovernamentais que operam nesse país.

Fonte: Prensa Latina