Senado une-se ao Mercosul e Unasul em defesa da Venezuela 

A Comissão de Relações Exteriores do Senado aprovou, nesta quinta-feira (20), voto de solidariedade ao Mercosul, ao Parlamento do Mercosul (Parlasul) e à União dos Países da América do Sul (Unasul), por seus recentes pronunciamentos “em defesa da ordem democrática na República Bolivariana da Venezuela”. O requerimento foi apresentado pelo senador Eduardo Suplicy (PT-SP). 

“O Senado do Brasil tem também de pronunciar-se nesta hora difícil para a ordem democrática regional. A manutenção da ordem democrática na irmã Venezuela é do interesse do Brasil, que se beneficia muito dos processos de integração regional e da estabilidade democrática em nossos vizinhos. Assim, precisamos condenar, com a veemência necessária, quaisquer tentativas de substituir a legitimidade das urnas pela violência antidemocrática”, sustenta o senador em seu requerimento de voto de solidariedade.

Em nota emitida no último dia 16, os países que integram o Mercosul “repudiam todo o tipo de violência e intolerância que busquem atentar contra a democracia e suas instituições, qualquer que seja sua origem”.

Além disso, rejeitam as “ações criminosas de grupos violentos que querem espalhar a intolerância e o ódio como uma ferramenta política”. Por sua vez, os países que compõem a Unasul rejeitaram a “tentativa de desestabilizar a ordem democrática constituída legitimamente pelo voto popular” na Venezuela.

Ao apresentar o requerimento, Suplicy observou que os documentos “estão no tom adequado e são necessários para coibir e desestimular a violência política em curso, destinada a reverter as legítimas manifestações das urnas e a desestabilizar a ordem democrática venezuelana”.

Ao apoiar o requerimento, o senador Roberto Requião (PMDB-PR) – que firmou o documento junto com a senadora Vanessa Grazziottin (PCdoB-AM) – disse que está ocorrendo na Venezuela um conflito dentro da própria oposição.

Ele observou que o governador Henrique Capriles tem se posicionado contra as manifestações em curso na Venezuela, “contando com a possibilidade de seu grupo se eleger nas próximas eleições”. Por sua vez, o líder das atuais manifestações, Leopoldo López, teria optado por uma linha de oposição mais radical.

Da Redação em Brasília
Agência Senado