Atentado a presidenciável visa romper Diálogos de Paz na Colômbia

A candidata da União Patriótica para as eleições presidenciais na Colômbia, Aida Avella, sofreu, nesta segunda-feira (24), um atentado quando se dirigia a Tame, no estado de Arauca. Junto com ela estava o candidato ao Senado da UP, Carlos Lozano. Em entrevista à TeleSUR, ele denunciou que os autores do atentado são os mesmos que fizeram escutas ilegais dos participantes dos Diálogos de Paz entre as Farc e o governo colombiano.

O jornalista e diretor do jornal Voz afirmou que este ato foi feito pelos “inimigos da paz de dentro e de fora do governo. Os inimigos da paz desejam romper os Diálogos de Havana (Cuba) e afetar o processo com o ELN”.

 

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“Estes inimigos são os mesmo que estão fazendo as chuzadas (escutas telefônicas ilegais realizadas por segmentos do Exército colombiano) contra a delegação de paz e as chuzadas contra o mesmo presidente (Juan Manuel) Santos”, acrescentou.

O colombiano rechaçou também as declarações veiculadas pelos grandes meios de comunicação capitalistas que dizem ter se tratado de um “autoatentado”. Afirmaram que “os disparos saíram de dentro e não de fora e se comprovou que os disparos vieram de fora e nossas escoltas responderam ao ataque”.

“Na Colômbia”, afirmou, “falta vontade política do governo para acabar com estes atentados contra a democracia. Se o governo não soluciona com coerência o processo de paz será difícil avançar”.

O candidato a senador pontuou ainda que dentro do Executivo colombiano existem duas posturas sobre o processo de paz. "A de Santos que publicamente defende a paz e a do ministro de Defesa (Juan Carlos Pinzón) que abertamente se opõe ao processo, e é um provocador da guerra".

Lozano encerrou a entrevista com a garantia de que apesar do atentado, "seguiremos avançando, não vamos suspender a campanha eleitoral, não nos deixaremos amedrontar. Os inimigos da paz não passarão".

Com informações da TeleSUR