EUA e Coreia do Sul realizam exercícios de guerra provocativos

Os Estados Unidos e a Coreia do Sul iniciaram nesta segunda-feira (24) seus exercícios militares conjuntos, de grande envergadura, “Key Resolve”, com simulações de guerra contra a República Popular Democrática da Coreia (RPDC). O diário norte-coreano Rodong Sinmun, em artigo desta terça-feira (25), rechaça os ensaios realizados em detrimento do apelo à diplomacia, reiterados pelo governo da Coreia Popular.

Exercícios militares - Daum

O programa de exercícios militares denominado Key Resolve, de treinos de comando (liderados pelo Comando dos Estados Unidos para o Pacífico), continuará até o dia 6 de março, seguido de outra simulação conjunta, o programa Foal Eagle (treinos de combate terrestre), que se estenderá até 18 de abril.

Os exercícios, afirma o diário norte-coreano, simulam combates terrestres, marítimos e aéreos, com a introdução de enormes efetivos norte-americanos e sul-coreanos, o submarino nuclear estadunidense e outros meios de ataque ultramodernos e equipamentos de alta tecnologia.

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A Coreia Popular vem denunciando o caráter de grave provocação mantido anualmente pelos EUA e pela Coreia do Sul com os exercícios conjuntos, realizados mesmo contra os apelos das autoridades norte-coreanas, que reivindicam maior dedicação à melhoria das relações na Península Coreana.

O alívio das tensões na região tem sido ressaltado como prioridade para a Coreia Popular, com diversas propostas de reaproximação da nação dividida brutalmente após a Segunda Guerra Mundial e a Guerra da Coreia (1950-1953), com atuação direta dos EUA.

O diário Rodong Sinmun comenta, nesta terça, sobre os exercícios: “Os belicistas os descrevem como ‘anuais e defensivos’, mas isso não passa de uma artimanha pueril para encobrir o caráter provocativo e agressivo das atuais simulações.”

“Dividir em duas partes a nação coreana e realizar a ambição de dominio sobre a Coreia, instigando a confrontação entre o norte e o sul, é a estratégia invariável dos Estados Unidos,” continua.

Apesar de reafirmar o compromisso da Coreia Popular com a paz e a estabilidade da Península, o artigo também reitera as declarações das autoridades sobre a provocação de guerra, contra a vontade da RPDC, que poderá “fazer frente de forma determinada, para salvaguardar a estabilidade e a dignidade da nação.”

Da redação do Vermelho,
Com informações do Rodong Sinmun