Coreia do Sul recusa apelo do Norte contra exercícios militares

O porta-voz do Ministério da Defesa Nacional do Coreia do Sul, Kim Min-Seok informou, nesta terça-feira (28), que o exercício militar conjunto das forças armadas sul-coreanas com as estadunidenses será realizado como previsto, apesar do apelo da República Popular Democrática da Coreia (RPDC) no sentido de cancelar a simulação de guerra.

Protestos contra exercícios de guerra na Coreia - Red Korea

A Coreia Popular vinha emitindo diversos comunicados em que apela às autoridades sul-coreanas o esforço pela melhoria das relações intercoreanas para a aproximação nacional e o trabalho em prol da estabilização da Península Coreana.

O envolvimento dos Estados Unidos na região é ressaltado frequentemente como grande fator de instabilidade e ameaça à RPDC, principalmente pelo histórico de ingerência daquele país na questão coreana.

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Além disso, no pós-Segunda Guerra Mundial, a divisão da Coreia foi intensificada e mantida pela presença militar estadunidense, o que até hoje impede a reunificação que as duas coreias afirmam desejar.

Apesar do apelo da Coreia Popular pela mudança de posição da Coreia do Sul em prol da diplomacia nacional e da reaproximação, o Ministério da Defesa Nacional sul-coreano afirmou que a operação que será levada a cabo nas ilhas do Noroeste é um exercício regular das suas tropas.

Segundo as autoridades sul-coreanas, contrapondo as advertências feitas pela Coreia Popular, o programa de reunião de famílias separadas (entre as duas coreias) não não deve ser influenciado pela ação.

Entretanto, as autoridades norte-coreanas enfatizaram diversas vezes que os exercícios militares com os EUA ("Key Resolve" e Foal Eagle", que pressupõem uma simulação de guerra contra a Coreia Popular, inclusive com armamentos nucleares) colocam em risco o esforço pela melhoria das relações nacionais e provoca o próprio risco de guerra.

Da redação do Vermelho,
Com informações das agências