Intelectuais mexicanos se solidarizam com Equador no caso Chevron

Mais de 100 personalidades mexicanas expressaram seu apoio à luta contra a petrolífera estadunidense Chevron pelos prejuízos ocasionados aos mais de 30 mil moradores da Amazônia equatoriana.

Chevron

"Respaldamos a denúncia que valentemente tem feito o presidente Rafael Correa contra esta multinacional que persiste em demonstrar um comportamento prepotente e abusivo", aponta um manifesto assinado por acadêmicos, escritores, intelectuais e políticos do México.

A Chevron foi condenada em 2011 pela Corte de Sucumbios a pagar nove bilhões 500 milhões de dólares de indenização pelos graves prejuízos ocasionados na Amazônia durante o tempo em que operou nessa região do Equador, de 1964 até 1992.

Segundo as autoridades equatorianas, a empresa estadunidense derramou 16,8 milhões de galões de petróleo no ecossistema, jogou outros 18,5 bilhões de galões de águas tóxicas nos solos e rios, e queimou ao ar 235 bilhões de pés cúbicos de gás.

O texto afirma ainda que "é dever dos nossos povos irmãos acompanhar ações que transpassam a soberania de países que, por seus recursos naturais, têm sido violentados econômica e ambientalmente".

Segundo o comunicado, o Equador vive um momento de inegáveis mudanças políticas e econômicas. Nesse sentido, o manifesto acrescenta que a "posição resolvida e clara" do país andino diante do "atropelo de uma multinacional imperial", denota que enfim seus governantes estão do lado do povo.

Entre outras personalidades, o manifesto é assinado pelo professor do Instituto Nacional de Antropologia e História, Gilberto López e pelo diretor do Centro de Investigações de América Latina e Caribe da Universidad Nacional Autônoma de México, Adalberto Santana.

Também se unem a essa lista o secretário de Desenvolvimento Social da Federação Latino-americana de Jornalistas, Teodoro Rentería, e o integrante da Red de Izquierda Revolucionária-Movimiento de Libertación Nacional, David Escobar, entre outros.

Fonte: Prensa Latina