Equipe internacional saúda avanço contra armas químicas na Síria

O porta-voz do secretário-geral das Nações Unidas, Martin Nesirky afirmou, nesta terça-feira (4), que a Síria já entregou uma proposta à Organização para a Proibição de Armas Químicas (Opaq), sobre a continuidade do transporte de armas químicas sírias para fora da fronteira, a ser encerrado em abril. Sigrid Kaag, coordenador especial da delegação conjunta da ONU e da Opaq disse que o governo sírio já entregou um terço do seu material químico de fim bélico.

Opaq armas químicas Síria - Opaq

A delegação composta por representantes da Organização das Nações Unidas (ONU) e da Opaq apontou que dois lotes de material utilizado na fabricação de armas químicas já foram transportados a partir do porto de Latakia para fora da Síria, e que o outro lote dos materiais mais perigosos está a ser preparado para ser transportado para fora do país no espaço de uma semana.

Segundo o porta-voz, a coordenadora da delegação, Sigrid Kaag, vai relatar nos próximos dias ao Conselho de Segurança, na sede da ONU, o progresso da destruição das armas químicas sírias.

Kaag disse à agência francesa de notícias AFP que “quase um terço do material de armas químicas da Síria já foi removido ou destruído (…). Isso é um bom progresso e espero mais aceleração e intensificação dos esforços.”

O secretário-geral da Opaq Ahmet Uzumcu, por sua vez, confirmou que a Síria submeteu uma proposta revista para o transporte das armas químicas, pontuando que o plano estipula o encerramento do processo para o fim de abril. Uzumcu disse ainda que o governo sírio reiterou seu compromisso com a implementação dos mecanismos de transporte.

Na última quinta-feira, o ministro das Relações Exteriores e dos Emigrados, Walid al-Moallem discutiu com Kaag o processo de implementação do programa para o descarte das armas químicas da Síria e as formas de aumentar a cooperação entre o país e a Opaq, em coordenação com a ONU. Kaag saudou novamente a cooperação do governo sírio e o progresso alcançado para a implementação do programa.

Diversos países também têm participado da operação, como a China, que faz a escola marítima do material químico transportado para outros países ou embarcações para a sua destruição, apesar da intensidade da violência ainda desestabilizando a Síria e colocando sérios desafios ao processo.

Da redação do Vermelho,
Com informações da agência Sana