Governo chinês aborda reformas econômicas e avanço agrícola
O primeiro-ministro da China, Li Keqiang apresentou nesta quarta-feira (5) um relatório de trabalho do governo na segunda sessão anual da Assembleia Popular Nacional da China. Ele ressaltou que a China dedica-se ao reajustamento da estrutura econômica e à maior qualidade do desenvolvimento e da eficiência. Além disso, o vice-ministro da Agricultura, Niu Dun, afirmou que o fomento do investimento na agricultura é essencial para garantir a oferta deste setor do país.
Publicado 05/03/2014 08:54
De acordo com o premiê chinês, a reestruturação industrial também foi acelerada. O governo estimulou o desenvolvimento da indústria de serviços, apoiou as indústrias estratégicas emergentes e aprovou oficialmente o acesso do povo ao serviço 4G.
“A China continuou a promover a economia de energia, redução da emissão e combate à poluição”, informou Li Keqiang. A utilização da energia foi reduzida em 3,7% e as emissões do dióxido de enxofre e demanda química de oxigênio diminuíram, respectivamente, em 3,5% e 2,9%.
Também houve reforço da infraestrutura. A primeira fase da construção da rota oriental no Projeto de Transferência de Água Sul-Norte foi concluída com antecedência e a primeira fase da construção da rota central foi concluída como planejado, informou o premiê. Além disso, a rede de transferência de gás, petróleo e eletricidade também foi ampliada e a geração de eletricidade de fontes de energia não fósseis ocupou 22,3% do volume total.
“O governo chinês promoveu o desenvolvimento da inovação. A despesa para pesquisas e desenvolvimento ficou com mais de 2% do Produto Interno Bruto (PIB), e também foi obtido progresso importante em tecnologias de supercomputador, robô inteligente e super-arroz híbrido.”
Melhoria no setor agrícola
Entre as medidas na zona rural, o governo chinês consolidou as bases da agricultura e promoveu as reformas para a modernização do setor, realizou a manutenção de 15 mil pequenos reservatórios de água que permitiram resolver a questão da segurança de água doce para mais de 63 milhões de pessoas e reforçou a proteção biológica e a cobertura florestal nacional aumentou para 21,6%.
O vice-ministro Niu Dun disse que a demanda de produtos agrícolas do país vai aumentar com a urbanização e a subida do padrão de vida da população. Por outro lado, a China não consegue ampliar continuamente a produção por falta de recursos devido à proteção ambiental, afirmou Niu.
“A China deve criar um sistema moderno de serviços agrícolas e isto só será possível através da inovação tecnológica e o aumento do investimento e dos subsídios no setor,” disse o vice-ministro, frisando que o reforço dos subsídios é uma convenção internacional, e que os países mais desenvolvidos investem mais neste setor.
No entanto, Niu disse acreditar que, caso sejam adotadas estas medidas, é possível atender à demanda do povo entre 2030 e 2035, altura em que a população nacional deverá chegar a 1,5 bilhão.
Da redação do Vermelho,
Com informações da Rádio China Internacional