Ativistas criam rede social para a integração latino-americana

Desenvolvedores argentinos criaram uma rede social "livre de espionagem e de controle por parte dos Estados Unidos", como asseguram. O Facepopular tem servidores hospedados na Argentina e foi criado para ser um canal de comunicação alternativo para os latino-americanos.

Criada em julho de 2013, a rede já conta com 600 mil usuários e é possível registrar-se à rede por meio de outras redes sociais consagradas. Sua aparência é similar ao Facebook, para facilitar a interação dos usuários. Conheça a rede.

O Face de seu nome, no entanto, não se refere à rede criada por Mark Zuckerberg, e sim a “Frente Alternativa contra o Establisment”. Seus idealizadores a criaram com o propósito de que seus usuários possam promover valores alternativos às da corrente hegemônica do Império e aos da popular rede estadunidense, célebre por vender suas bases de dados e violar a privacidade de seus usuários.

Em entrevista ao jornal cubano CubaDebate, os criadores do Facepopular, que integram um coletivo de ativistas e especialistas em comunicação e novas tecnologias afirmaram que são adeptos da ideia da “Pátria Grande, da união fraterna e soberana dos povos da América Latina”.

O coletivo surgiu após as marchas desestabilizadoras na Argentina em novembro de 2012 e, segundo Matías Reynolds, um dos fundadores da rede, “o projeto também surgiu como um repúdio à espionagem mundial dos Estados Unidos revelada pelo ex-analista da NSA, Edward Snowden”.

O Facepopular, juntamente com a Rádio Popular, TV Popular e na Web Popular, formam a redpopular.net e são um grupo de mídia online para a divulgação de expressões populares através da integração tecnológica da Unasul e da Celac.

Uma brincadeira feita pela rede é que em lugar dos tradicionais emoticon, os usuários podem enviar “EmoPerones”, em referência ao ex-presidente e líder do peronismo, Juan Domingo Perón. Assim, é possível enviar um Perón, uma Evita ou ainda personagens históricos ilustres latino-americanos como Simón Bolívar ou San Martín.

Da Redação do Portal Vermelho,
com informações do jornal Granma