Procuradora-Geral acusa EUA de financiar protestos na Venezuela

A procuradora Geral da Venezuela, Luisa Ortega, afirmou nesta sexta-feira (14), que os Estados Unidos, com a desculpa de defender os direitos humanos no país latino-americano pretendem, na verdade, financiar as ações violentas da oposição. Luisa questiona o pedido de US$ 15 milhões feito por legisladores ao Congresso dos Estados Unidos.

Na "Venezuela é proibido o financiamento para fazer política interna, que são privativas dos venezuelanos", afirmou Luisa Ortega| Foto: AVN

Nesta quinta-feira (13), representantes dos partidos Democrata e Republicano assinaram um projeto de lei buscando impor sansão contra membros do governo de Nicolás Maduro que tenham estado envolvidos nos episódios de violência que há um mês sacodem as ruas da Venezuela.

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Um desses projetos, a “Lei para a Defesa dos Direitos Humanos e a Sociedade Civil da Venezuela”, contempla uma ajuda de 15 milhões de dólares, montante que deveria ser utilizado “para a defesa dos direitos humanos na Venezuela, a proteção dos meios de comunicação independentes e o fortalecimento da sociedade civil em defesa dos valores democráticos no país”, como informou a agência Efe.

Segundo a agência, Luisa ressaltou que na "Venezuela é proibido o financiamento para fazer política interna, que são privativas dos venezuelanos. Sancionaremos aqueles que receberem financiamento de governos estrangeiros para fazer política interna”, advertiu.

Protestos violentos

Em pronunciamento feito também nesta sexta (14), o titular do ministério do Interior, Justiça e Paz, Miguel Rodríguez Torres afirmou que a Venezuela "não está sendo submetida a um protesto pacífico estudantil. Esses protestos formam uma insurreição e agora entraram numa etapa de subversão”, declarou o ministro em coletiva de imprensa.

De acordo com o ministro, no estado de Táchira, na fronteira com a Colômbia, foi encontrado um laboratório de bombas Molotov, além de 2908 morteiros com pregos, tachas e objetos contundentes com o objetivo de atentar contra os funcionários do Estado encarregados de manter a ordem pública.

Torres afirmou ainda que os atos de vandalismo estas operações violentas não são espontâneas, mas " elaboradas há anos" e acrescentou que o partido Voluntad Popular está ligado aos atos de vandalismo e são treinados para enfrentar as forças de segurança.

Da Redação do Portal Vermelho,
com informações da Efe e da TeleSUR