Em Salvador, caminhada das mulheres reivindica mais direitos
Na tarde desta segunda-feira (17/03), mulheres baianas tomaram as ruas do centro de Salvador durante a Caminhada das Mulheres, em homenagem ao Dia Internacional da Mulher, comemorado em 8 de março. Com o tema “Mais mulheres no poder e menos violência”, a marcha saiu da praça do Campo Grande em direção à praça Castro Alves, momento em que o ato foi encerrado.
Publicado 17/03/2014 19:39 | Editado 04/03/2020 16:15
Para a deputada federal Alice Portugal (PCdoB-BA), única mulher entre os 39 parlamentares baianos na Câmara, a marcha tem o intuito de chamar a atenção da população em relação à situação atual da mulher e lutar por mais direitos. “Precisamos combater o machismo na nossa sociedade. É um absurdo a mulher ganhar 30% a menos que o homem na mesma função. Temos que olhar para as mulheres, que na sua maioria são chefes de família. Todos os meses de março temos que reeditar essa batalha para que o movimento se fortaleça sempre mais.”
De acordo com Daniele Costa, integrante da União Brasileira de Mulheres (UBM), uma das entidades responsáveis pela realização do evento, a caminhada acontece para reafirmar a luta das mulheres por mais direitos para romper a subrepresentação feminina nas mais diversas áreas. “Somos mais de 50% do eleitorado brasileiro e não representamos nem 10% dos cargos eletivos. Estamos aqui para fortalecer a reeleição da presidenta Dilma, que tem um significado muito grande. Nos últimos 10 anos avanços em políticas para as mulheres, a exemplo da Lei Marinha da Penha e a PEC das Domesticas. Mas, precisamos de muito mais.”
Presente no evento, a deputada estadual Kelly Magalhães (PCdoB) declarou que a marcha serve para atrair a atenção da população para os problemas enfrentados pelas mulheres, a exemplo da violência, falta de oportunidade e a necessidade de mais políticas públicas.
Já a vereadora de Salvador, Aladilce Souza (PCdoB), acredita que a marcha é um momento importante de visibilidade para as mulheres, que, infelizmente, continuam sendo consideradas inferiores aos homens. “Precisamos lutar contra a violência e todo o tipo de opressão. A violência tem crescido. A Bahia é o segundo estado em assassinato de mulheres no país. É necessário lutar contra isso.”
A Marcha das Mulheres contou com a participação ainda da Marcha Mundial de Mulheres, APLB-Sindicato, Sindicato dos Comerciários, da CTB, Unegro, PT, Força Sindical, GGB, entre outros. Estiveram presentes também a secretária Estadual de Políticas para as Mulheres, Lúcia Barbosa, a senadora Lídice da Mata e a deputada estadual Maria Del Carmen.
De Salvador,
Ana Emília Ribeiro