Manifestações em Marília contra aumento da tarifa

Após decreto realizado no sábado de carnaval pelo prefeito de Marília Vinicius Camarinha (PSB, autorizando o aumento da passagem de ônibus de R$ 2,15 para R$ 2,50, partidos e movimentos sociais se juntam para reivindicar a redução imediata da tarifa.

Manifestações em Marília

Eder Bruno, Vermelho São Paulo

Após decreto do prefeito de Marília aumentando a tarifa do transporte público, organizações dos movimentos sociais fundaram o fórum popular de lutas, composto por um conjunto amplo de forças políticas (UMES, grêmios estudantis, diretórios e centros acadêmicos, UJS, PCdoB, PSOL, Ler QI, Juventude ás ruas, entre outros). A primeira passeata aconteceu no último dia 14 de março e reuniu cerca de mil estudantes.

De acordo com Elisangela Volpe, Presidenta da UJS de Marília, “o Movimento partiu da concentração que foi em frente à Prefeitura Municipal e marchou pelas principais ruas do centro da cidade ocupando por cerca de duas horas o Terminal Rodoviário Urbano Central que interliga as linhas de ônibus”.

A presidenta ainda reclama da falta de diálogo do executivo com o movimento. “Essa gestão não compartilha com os anseios da Juventude e ainda visa acabar com as politicas públicas que são reflexo da luta dos jovens da cidade”, disse Elisangela.

Segundo Marcos Água, estudante da UNESP de Marília, “após convocar o ato para dia 19 de março, o movimento propôs um acordo com as empresas para que elas voltassem a funcionar no terminal e os estudantes pudessem voltar pra casa gratuitamente, mas as empresas intransigentes improvisou a Praça São Bento como Terminal, os estudantes seguiram para lá e ao chegarem foram reprimidos pela Polícia Militar de forma desproporcional”.

Marcos ainda afirma que renderam um estudante menor de idade acusado de quebrar o vidro de um ônibus. “Sem nenhuma prova, embora o ato tenha sido filmado o tempo todo pela imprensa e pela própria polícia militar. Não há uma única imagem e nenhuma testemunha que comprove que o estudante que quebrou o vidro. Algumas lideranças foram agredidas com cacetadas, spray de pimenta e bala de borracha”, completou o estudante.

O presidente do PCdoB, André Gomes, ressaltou que no dia 19 de março, a concentração se deu na Praça Santo Antônio. “Marchamos pelas ruas do centro, passamos pela Prefeitura, pela Diretoria Regional de Ensino e novamente ocupamos o terminal central. As empresas novamente fecharam o terminal, porém recolheram os ônibus para as garagens. O movimento mais uma vez convocou reunião para avaliar o ato e já convocar outro até o fim da semana que vem”, finalizou.