PCdoB-Bahia inicia debates sobre a ação institucional

"Os comunistas têm um rigor para tratar a gestão pública e o partido tem que estar preparado para governar e dar mostra de que é capaz de governar". Foi com essas palavras que o presidente nacional do PCdoB, Renato Rabelo, abriu o Seminário de Ação Institucional do Partido na Bahia, que acontece neste sábado (22/03), no Hotel Sol Vitória Marina, em Salvador.

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Durante o período da manhã, também participaram o presidente do PCdoB-Bahia, deputado federal Daniel Almeida; o vice-presidente, Davidson Magalhães, que também está à frente da Bahiagás; a deputada federal e secretária estadual da Mulher, Alice Portugal; e o presidente estadual da CTB (Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil), Aurino Pedreira.

A discussão inicial girou em torno da necessidade de o Partido fortalecer, também, a participação na administração pública, como forma de garantir o êxito nas três frentes de atuação – as lutas institucional, social e de ideias. O público é composto de prefeitos, vereadores, vice-prefeitos, gestores municipais e estaduais e lideranças do movimento social.

O presidente explicou que o PCdoB ampliou a presença na institucionalidade a partir de 2003

, com a eleição do ex-presidente Lula e a instalação do projeto de governo apoiado pelo partido, que ainda está em curso. Atualmente, os comunistas têm dado, continuamente, uma grande contribuição ao governo Dilma Rousseff, à frente, inclusive, do Ministério dos Esportes (Aldo Rebelo), ainda segundo o Renato Rabelo.

Além do ministério, Partido ainda possui, lembra Renato, influência em outras áreas, como Educação, Saúde, Turismo, Meio Ambiente, Cultura, entre outras. Recentemente, o baiano Vicente Neto tomou posse como presidente da Embratur (Instituto Brasileiro de Turismo), reforçando o time do PCdoB na administração pública federal.

Um dos grandes objetivos da luta institucional do partido para 2014 é a eleição de Flávio Dino como governador do estado do Maranhão. Apesar de já estar à frente de importantes cidades brasileiras, o PCdoB nunca foi eleito para um governo estadual e a experiência no Maranhão deverá abrir caminhos, finaliza o presidente nacional.

Bahia

“Nossa ação institucional deve reforçar a nossa ação partidária”, defendeu o presidente Daniel Almeida, ao lembrar que o PCdoB-Bahia é um dos pioneiros, entre os comitês estaduais, a declarar interesse em participar do Executivo. Sempre houve uma resistência dos comunistas em integrar o Executivo, segundo Daniel.

“A Bahia causou espanto ao comunicar, em 1985, ainda na fase de legalização do partido, que iria disputar a prefeitura de Camaçari [na Região Metropolitana de Salvador]”, contou o presidente estadual. Para ele, o pioneirismo dos baianos se deve muito ao fato de o estado possuir demandas que são urgentes e dependentes de uma séria atuação do poder público.

“As carências, em nosso estado, são mais acentuadas e esse é o nosso desafio em fazer parte da ação institucional”, defendeu Daniel Almeida. O PCdoB também acompanha o projeto iniciado por Lula em nível estadual, permanecendo no governo de Jaques Wagner desde o início, em 2007.

No governo Wagner, o Partido está à frente de duas pastas: A Secretaria de Trabalho, Emprego, Renda e Esporte (Setre), comandada por Nilton Vasconcelos, e a Secretaria da Copa (Secopa), de responsabilidade de Ney Campello, além de participar das entidades ligadas a essas secretarias. Há também a presença de comunistas em duas das quatro superintendências da Secretaria de Saúde (Sesab) e na Bahiafarma, de responsabilidade de Julieta Palmeira.

O Seminário de Ação Institucional do PCdoB-Bahia continua à tarde, com a participação dos gestores que integram o Governo estadual.

De Salvador,
Erikson Walla