Secretários e dirigentes fazem balanços das gestões do PCdoB

A segunda etapa do 1º Seminário de Ação Institucional contou com a mesa O papel do PCdoB no desenvolvimento da Bahia, na qual os quadros do Partido com pastas de direção em instituições estaduais fizeram um balanço das ações. Durante o evento, que aconteceu neste sábado (22/03), em Salvador, os dirigentes falaram sobre as mudanças promovidas desde que os comunistas passaram a integrar o governo, contribuindo para o desenvolvimento do estado.

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Nilton Vasconcelos, secretário de Emprego, Trabalho, Renda e Esporte (Setre), falou sobre o desenvolvimento da economia no Estado e as ações públicas para o aumento da renda do trabalhador, destacando a atuação da Secretaria, como o incentivo à produção de bens intermediários. De acordo com Vasconcelos, o setor exige grande investimento, assim, movimenta a economia e, consequentemente, promove o desenvolvimento local. Com o investimento, o quadro de desemprego foi sendo modificado.

O secretário destacou algumas das ações da Setre, como a Agenda do Trabalho Decente, o SineBahia (Sistema de intermediação de mão de obra da Bahia). Outro ponto salientado por Nilton foi o fato de a secretaria ter sido indicada pela quarta vez consecutiva para presidir o Fórum Nacional de Secretariais Estaduais do Trabalho, além de coordenar a rede nacional de gestores em Economia Solidária. “Isso tudo é reconhecimento do que temos feito no estado nestes quase oito anos”.

O presidente Bahiagás e vice-presidente do Comitê estadual do PCdoB na Bahia, Davidson

Magalhães, fez um breve histórico da economia baiana no período anterior às políticas públicas de distribuição de renda iniciadas em 2003. “Graças a estas iniciativas, que promoveram a dinâmica do mercado e a ampliação das vagas formais, a Bahia cresceu, reduzindo a desigualdade”. Mas, para ele, o maior passo foi perceber que era com investimento em infraestrutura e logística que o desenvolvimento engrenaria.

Segundo Magalhães, estas mudanças impulsionaram o mercado interno, fazendo crescer o consumo e ampliar a geração de empregos. Na Bahiagás, o desafio do PCdoB foi ampliar a eficiência das cadeias produtivas, atrair novos investimentos e aumentar a competitividade, a partir da redução de custos.

O titular da Secopa (Secretaria de Assuntos para a Copa), Ney Campelo, destacou que, com as ações da secretaria, direcionada para o Mundial de 2014, o PCdoB deixa um legado para a Bahia. Segundo ele, não foi à toa que o Brasil será de novo sede de uma Copa. “É uma conquista pelo posicionamento do país no mundo na última década. É graças à credibilidade internacional e às condições macroeconômicas atuais”. Mas, ele lembrou também que o resultado deste mundial pode firmar a posição do Brasil ou apagar esta visão. Por isso, tem sido preparado com esmero. “A Copa é um dos projetos nacionais, catalisador de obras, e o PCdoB está na liderança”.

Campelo exaltou ainda o fato de a Bahia ter se tornado referência pelo modelo de condução do processo de contratação, com a segmentação das licitações em setores e serviços, sendo o Estado que menos gastou em 2013. “O modelo inovador não permitiu o sobrepreço. Assim, tivemos as contas da secretaria aprovadas sem ressalvas”. Ele informou ainda que a Secopa foi escolhida liderança nacional do Fórum das Sedes da Copa 2014 e tem sido uma escola de formação de quadros do PCdoB em administração pública.

De acordo com Julieta Palmeira, presidente da Bahiafarma e secretária de Mídia do PCdoB-BA, a reativação da fábrica representa a retomada da inserção da Bahia no setor de medicamentos, proporcionando a geração de emprego e renda, bem como a incorporação de tecnologia e inovação. “A Bahiafarma é um complexo produtivo industrial de saúde que mobiliza uma relevante infraestrutura, com a produção de genéricos de alto valor agregado”. Segundo a dirigente, a empresa será pioneira na produção de um medicamento biológico contra o câncer de mama, atualmente industrializado somente fora do país. “Isso é uma forte marca da atuação do PCdoB no desenvolvimento da Bahia”.

Antes de ser aberta oficialmente a mesa da tarde, a superintendente de Atenção Integral à Saúde da Secretaria da Saúde, Gisélia Santana, explanou sobre as ações do Partido na área. Ela falou sobre a ampliação e os melhoramentos do SUS (Sistema Único de Saúde). Ela lembrou que o SUS é uma política de Estado, não de governo. Por isso, é preciso contribuir cada vez mais para a luta pela organização e defesa do sistema, como o PCdoB tem feito, qualificar e profissionalizar as gestões de saúde.

A superintendente ressaltou que, ao contrário do que deveria ser, a saúde passa por um momento de subfinanciamento, mas a secretaria tem estabelecido ações a fim de capitalizar mais atenção e investimentos para o setor. Gisélia apresentou também dados que revelam a transformação da saúde em Juazeiro, que mudou a realidade da região. “Agora, os pacientes não precisam mais ser transferidos e transportados para outras cidades”.

Ao final do evento, o presidente estadual, Daniel Almeida, demonstrou satisfação com o resultado do seminário, que reuniu cerca de 180 militantes, entre parlamentares e representantes de diversas áreas de atuação do Partido no Estado. “Esse debate e essa construção política são muito importantes para a contribuição para o desenvolvimento do PCdoB, da Bahia e do Brasil”.

De Salvador,
Maiana Brito