Argentina: Bandeira do Mercosul é içada na embaixada venezuelana
O Mercosul deixou de ser uma ferramenta mercantil como nos anos 1990 para ser um mecanismo que facilita a integração econômica, social e política, afirmou hoje aqui Carlos Bianco, secretário de Relações Econômicas da Chancelaria argentina.
Publicado 26/03/2014 18:14
Bianco falou no ato de içamento da Bandeira do Mercado Comum do Sul na Embaixada da Venezuela, último membro que ingressou com faculdades plenas nesse organismo regional, ao se comemorar nesta quinta-feira o aniversário de 23 de sua fundação.
O secretário recordou que este órgão foi criado no início da década de 1990 com perspectivas centradas no âmbito comercial e mercantil, mas que a partir de 2003 começou a seguir um processo de aprofundamento social e político.
"Isso foi possível pelas estratégias populares e apoio à integração regional, às quais convocaram o então presidente Luis Inácio Lula da Silva (Brasil) e os falecidos Hugo Chávez (Venezuela) e Néstor Kirchner", assinalou Bianco.
Por sua vez, com a entrada da Venezuela no ano passado, o Mercosul se fortaleceu, "e esse é nosso grande desafio, continuar aprofundando esta integração social, econômica e política", afirmou o secretário argentino de Relações Econômicas.
Considerou, também, que, apesar das óbvias diferenças particulares, "existe entre todos os seus membros uma sintonia política geral de fortalecer o bloco em matéria energética, econômica, comercial e produtiva, que sirva de sustentação ao desenvolvimento dos povos que o integram.
O Mercosul foi criado oficialmente no dia 26 de março de 1991, mediante o Tratado de Assunção. A princípio, estava integrado por Argentina, Brasil, Paraguai e Uruguai; em 2012 incorporou-se Venezuela, enquanto a Bolívia está em processo de adesão e Guiana e Suriname estão em via de ratificação.
Participam como estados associados esses dois últimos mais Chile, Colômbia, Equador e Peru.
A representante venezuelana no Mercosul, embaixadora Isabel Cristina Delgado, ratificou o compromisso de seu país com os princípios integradores do bloco e assegurou que a Venezuela continuará sendo o eixo e motor energético que contribui para o desenvolvimento regional neste setor fundamental.
Por sua vez, o ministro conselheiro da Embaixada da Venezuela, Juan José Valero, qualificou como uma grande conquista a incorporação de seu país ao Mercosul; foi "um sonho cumprido que o comandante Hugo Chávez sempre teve", reforçou.
Os estados que conformam o bloco compartilham uma comunhão de valores que encontra expressão em suas sociedades democráticas, pluralistas, defensoras das liberdades fundamentais, dos direitos humanos, da proteção do meio ambiente e do desenvolvimento sustentável.
Além disso, compartilham o compromisso com a consolidação da democracia, a segurança jurídica, o combate à pobreza e o desenvolvimento econômico e social com igualdade.
Fonte: Prensa Latina