André Machado fala sobre os 50 anos do golpe militar na Faccat

 Machado falou sobre a geração que nasceu e foi educado durante o regime militar. Pré-candidato a deputado federal pelo PCdoB/RS, o jornalista lembrou a sua infância, as marcas deixadas pela cassação do mandato de seu pai – Dilamar Machado, então vereador de Porto Alegre – e sobre as limitações à sua família durante os anos de chumbo. Dilamar Machado foi cassado em 1969, após cobrar a punição dos responsáveis pela morte do coronel Manoel Raimundo Soares. O episódio ficou conhecido como o caso das mãos amarradas.

André Machado lembrou do direcionamento do ensino, em disciplinas como Moral e Cívica e OSPB, e do ufanismo que os militares impunham durante o período Médici, o mais sangrento da ditadura. Destacando a Guerrilha do Araguaia e a Chacina da Lapa, Machado citou Nelson Mandela ao falar da forma de resistência utilizada naquele momento histórico. “Mandela nos ensinou que, em uma luta, quem escolhe as armas é o opressor, jamais o oprimido”, defendeu o jornalista. André Machado encerrou a palestra declamando a letra da música Angélica, de Chico Buarque, emocionando os cerca de cem alunos presentes.