Trabalhadores da construção civil decidem encerrar a greve  

Após 13 rodadas de negociações, os cerca de 165 mil profissionais do setor vão receber reajuste de 6% retroativo a 1º de janeiro/2014 (data base da categoria) e 8% a partir de 1º abril para quem ganha até R$ 1.282,46. Além disso, houve acréscimo de R$ 20,00 à cesta básica, que já vai valer a partir de 1º de maio/2014.

A proposta do MPT define, ainda, reajuste de 6% retroativo a 1º de janeiro/2014 para quem ganha acima do piso do operário qualificado até R$ 4.999,99 e 7% a partir de 1º de abril/2014; e reajuste de 6% retroativo a 1º de janeiro/2014 para quem ganha acima de R$ 5.000,00.

Os dias parados, principal impasse das negociações, serão negociados de três formas, de acordo com o Ministério Público do Trabalho: a primeira parte descontada em folha, a segunda compensada e a terceira parte abonada. A decisão foi considerada uma vitória da categoria.

“Não era o que esperávamos, pois o trabalhador não pode pagar com o bolso por uma greve legítima, mas se for para pagar pelo prejuízo, que a conta seja dividida”, pontua o presidente da Fetracom-Ba, Edson Cruz dos Santos. Por se tratarem de suspensão de contrato de trabalho, os dias de paralisação não terão seus reflexos considerados nas férias e cesta básica.

A greve

O movimento grevista foi deflagrado no último dia 24 de março, em resposta, segundo a Fetracom, à intransigência dos patrões, que, após 13 rodadas de negociação, incluindo as mediações da Superintendência Regional do Trabalho e Emprego, não chegavam a um acordo justo de reajuste salarial e de outras cláusulas econômicas.

Além de Salvador, aderiram à greve as cidades de Barreiras, Vitória da Conquista, Guanambi, Jequié, Ipiaú, Feira de Santana, Santo Antônio de Jesus, Serrinha, Brumado, Santo Amaro, Candeias, Camaçari, Alagoinhas e Cruz das Almas. A categoria volta às atividades normalmente nesta terça-feira (8), a partir das 7h.

Da Redação
*Colaborou Ascom/ Fetracom