Otan usa mercenários para disfarçar ingerência na Ucrânia

A Otan disfarça sua ingerência na Ucrânia usando mercenários para treinar extremistas que depois se convertem em repressores do governo ucranianos depois da derrocada do presidente Víktor Ianukovitch, denunciaram especialistas nesta quarta-feira (9) em Moscou.

O diretor do Centro de Pesquisas sobre a Globalização no Canadá, Michael Chossudovski, afirmou que empresas privadas de segurança servem de fachada para que a Otan treine militantes dos destacamentos neofascistas.

Chossudovski explicou em declarações ao canal RT de televisão por satélite que os novos governantes de Kiev e o bloco militar ocidental contratam soldados de aluguel dessas corporações diretamente ou através de intermediários.

A missão dos mercenários é disciplinar os grupos de repressão para aplacar os protestos de manifestantes que estão contra as autoridades golpistas, explicou.

O editor chefe da publicação russa Defesa Nacional, Igor Korotchenko, explicou que ao parecer se trata da empresa Greystone Ltd, que em colaboração com o Departamento de Estado estadunidense fornece mercenários pagos pelos oligarcas ucranianos.

Qualquer indivíduo pode contratar os empregados da Greystone. Eles agem em segredo, não são descobertos e se enriquecem. Eles supostamente treinam forças de segurança, mas em realidade se trata de terroristas, concluiu o pesquisador canadense.

Segundo as fontes, a Greystone contrata soldados de aluguel de diferentes países através de sua filial Satelles Solutions, que segundo seu site estão prontos para oferecer "os melhores combatentes do mundo para operações espaciais de qualquer grau de dificuldade em qualquer lugar do planeta".

Diplomatas russos declararam recentemente à agência Interfax em Kiev que cerca de 300 soldados de aluguel especializados em operações de combate tinham chegado à Ucrânia.

A maioria deles operaram no Iraque, Afeganistão e outras nações, segundo as fontes.

Um comunicado da chancelaria russa expressou nesta segunda-feira especial preocupação pela participação de quase 150 especialistas da Greystone na repressão contra manifestantes nas regiões do leste ucraniano.

O texto denuncia que os mercenários operam disfarçados com o uniforme da unidade especial ucraniana Sokol, mas a Greystone negou ter enviado seus mercenários.

Fonte: Prensa Latina