União Patriótica cobra solução para o conflito na Colômbia

O presidente do partido de esquerda colombiano União Patriótica (UP), Omer Calderón, afirmou nesta segunda-feira (14) que espera que o governo do país encontre uma solução para o conflito armado com as mudanças e as reformas que a paz requer.

União Patriótica cobra solução para o conflito na Colômbia - Reprodução

Em declaração à Prensa Latina, o dirigente político ressaltou que aspira que os diálogos com a guerrilha das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) avancem em "um processo de transformações democráticas para que o recurso da violência – utilizado sistematicamente pelo Estado –, pare de ser praticado contra as forças alternativas".

Ao se referir aos diálogos de paz, instalados há 17 meses em Cuba, Calderón manifestou que espera que prossigam seriamente em um acordo, desde que este "abra caminho para o processo de transformação necessário para que possa haver justiça social para todos na Colômbia".

Sobre a aliança com o partido Polo Democrático Alternativo, frente às eleições presidenciais do próximo dia 25 de maio, sustentou que "é uma aposta muito séria em função da unidade de forças. Vamos bem nessa campanha apostando seriamente em chegar ao segundo turno".

Em 14 de março, ambos os partidos se fundiram em uma aliança com uma única proposta apresentada para as eleições, com Clara López, do Polo, como candidata presidencial, e Aida Avella da UP, como aspirante à vice-presidência.

A União Patriótica, surgida em 1985 como resultado dos diálogos de paz entre o governo de Belisario Betancour e as Farc, regressou à luta política depois de recuperar a institucionalidade no ano passado.

Dois candidatos presidenciais, oito congressistas, 13 deputados, 70 vereadores, 11 prefeitos e cerca de cinco mil militantes dessa força política foram submetidos ao extermínio por grupos paramilitares. Muitos desses crimes ainda permanecem na impunidade.

Fonte: Prensa Latina