Lula Morais critica aumento na tarifa de energia elétrica
Em pronunciamento n aúltima semana, o deputado estadual Lula Morais (PCdoB) externou sua indignação com o aumento médio de 16,77% na tarifa de energia elétrica no Ceará. O percentual foi autorizado pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). “É inaceitável para a realidade econômica que estamos vivendo, na contramão da política atual de controlar ao máximo a inflação”, frisou.
Publicado 22/04/2014 10:02 | Editado 04/03/2020 16:27
O deputado ressaltou que o aumento cearense foi maior que nos estados vizinhos e afirmou que, quando a Assembleia Legislativa autorizou a privatização da Coelce, em 1997, “foi dito, na época, na tribuna, que uma das vantagens da privatização seria a redução da tarifa, o que não aconteceu”, enfatizou.
Lula Morais pontuou como agravante da situação os lucros, segundo ele, exorbitantes da Coelce nos últimos anos e o baixo investimento para melhorar o serviço prestado. “Quem investiu foi o Governo Federal, com o programa Luz para Todos, que ampliou as rede de distribuição, e quem aproveita o lucro com o aumento no consumo são os donos da empresa”, criticou.
O contrato da Coelce com a Central Geradora Termelétrica Fortaleza (CGTF) também foi questionado pelo parlamentar. Ele afirmou que a empresa compra energia no mercado e vende mais caro para a Coelce, o que teria gerado ao consumidor um aumento médio na conta de energia de 20%. “É uma arapuca em que o Ceará caiu. O caso está sendo investigado pelo Tribunal de Contas da União desde 2008 e nada foi feito até agora”, denunciou.
Em aparte, o deputado Augustinho Moreira (PV) comparou o aumento na tarifa de energia ao aumento do salário mínimo (SM) previsto para 2015. “O Governo já mandou um projeto prevendo aumentar o SM em 7,71% e a Aneel aprova o reajuste de quase 17%”, afirmou.
A deputada Mirian Sobreira (Pros) afirmou não entender o porquê do percentual tão elevado. “A Coelce pediu 13% e ganhou 16,77% e ainda não consegue prestar um bom serviço”, disse a parlamentar.
Roberto Mesquita (PV) também aparteou o pronunciamento para criticar o aumento e mostrou preocupação com o setor industrial. “A energia é um dos principais insumos da indústria e tem o poder de fazer todos os preços subirem. O Estado não deveria ter mantido o poder sobre esse bem tão precioso?”, questionou.
O deputado João Jaime (DEM) se mostrou indignado com o aumento e responsabilizou o Governo Federal. “O aumento foi autorizado em todo o Brasil pela Aneel, que é do Governo Federal. Estamos pagando pelas termelétricas, já que o sistema de energia no País está quebrado”, pontuou.
Fonte: Agência de Notícias da Assembleia Legislativa