Prefeito e "herói revolucionário" é encontrado morto na Venezuela

O corpo de Otaiza "apresenta quatro impactos de bala", disse Rodríguez à TV estatal, antes de descrever o prefeito como um "quadro importante para a revolução". A última vez que foi visto com vida estava em uma reunião de amigos no município de Baruta, no sudeste de Caracas, e seu corpo foi encontrado em um bairro do município de Hatillo, no subúrbio da capital.

O ministro não abordou os possíveis motivos do crime, mas a imprensa local acredita que Otaiza foi vítima de um assalto. "No sábado a polícia o encontrou, sem identificação, e foi levado para o necrotério”, disse Rodríguez, acrescentando que a caminhonete de Otaiza estava abandonada e tinha um impacto de bala.

Eliézer Otaiza nasceu em Valência, em 7 de janeiro de 1965. Formado em Artes e Ciências Militares e completou um mestrado em Ciência Política na Universidade Simón Bolívar. Dedicou a vida a proteger e promover o processo revolucionário no país. Otaiza foi deputado e diretor do serviço venezuelano de Inteligência, entre outros cargos públicos.

Em um texto publicado no livro "Cuentos del Arañero", Hugo Chávez conta a história de Otaiza: "esse rapaz é um soldado!", escreveu o comandante da Revolução Bolivariana. Chavéz conta também que, durante a segunda rebelião de 1992, no dia 27 de novembro, Otaiza levou quatro tiros no peito, na frente do Palácio de Miraflores (atual sede do governo em Caracas), e que chegou ao Hospital Militar "clinicamente morto". Contudo, o ex-presidente da Venezuela disse que Otaiza era "um atleta, uma homem muito jovem e grande vitalidade".

Diversos líderes da Revolução lamentaram a morte do companheiro de luta. Dentre eles, o próprio presidente Nicolás Maduro e o presidente da Assembleia Nacional da Venezuela, Diosdado Cabello.

Théa Rodrigues, da redação do Portal Vermelho, 
Com informações da AVN, Cuba Debate  e de agências de notícias