Mujica destaca importância do sindicato dos trabalhadores rurais

O presidente do Uruguai, José Mujica, cumprimentou, nesta quarta-feira (30), os trabalhadores rurais uruguaios e disse que estes constituem uma parte essencial do trabalho exportador do país. Por ocasião do "Dia dos Trabalhadores Rurais", na véspera do Primeiro de Maio, Mujica afirmou: "nossos camponeses compõem uma parte essencial do trabalho exportador do país".

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Destacou que este 1ºde Maio tem a peculiaridade de que nos atos em comemoração ao dia, participarão pela primeira vez os "verdadeiros peões boiadeiros que conseguiram formar seu sindicato, algo que até pouco parecia uma missão impossível".

“Se o salário é o elemento mais importante para a distribuição da riqueza, sempre importará a eficiência de organizações que possam assegurar uma melhor e mais justa distribuição da riqueza”, acrescentou.

Disse ainda que é impossível esperar eficiência produtiva e trabalhista com agricultores que não têm seu trabalho valorizado. Mujica recordou que os trabalhadores muitas vezes integravam "organizações patriarcais", mas que o sindicato pôde emergir graças ao progresso, com a chegada dos celulares e das motos que encurtaram as distâncias.

Esclareceu, no entanto, que "o progresso não é o somatório de celulares e motos. O verdadeiro progresso é uma sustentável e eminentemente melhor divisão da riqueza e, para isso, temos que cumprimentar a existência deste sindicato".

Segundo fontes sindicais, existem 90 mil trabalhadores no campo e assalariados rurais no Uruguai, país cuja população é de 3,3 milhões de pessoas.

O Dia do Trabalhador Rural foi estabelecido por lei como feriado não laboral e se comemora na véspera do Dia Internacional dos Trabalhadores. Os atos em comemoração ao dia foram convocados pela União Nacional dos Trabalhadores Rurais e Afins (Unatra) e pela central sindical PIT-CNT, que buscam criar um espaço de encontro entre o campo e a cidade.

A atividade central, do qual participaram autoridades nacionais e representantes sindicais, ocorreu na Rural do Prado, outrora sede dos latifundiários do país.

Fonte: Prensa Latina