Caravana da Zona Leste (SP) vem a Brasília trazer reivindicações 

A Zona Leste de São Paulo, que possui mais de quatro milhões de habitantes, se fosse considerada uma cidade, seria a oitava maior do mundo. Com essa informação, as queixas dos moradores e as demandas da região, representantes dos movimentos sociais e de associação de moradores estão, esta semana, em Brasília, percorrendo os diversos ministérios em busca de melhorias.

Caravana da Zona Leste (SP) vem à Brasília trazer reivindicação

É a 25ª Caravana de Movimentos Populares da Zona Leste/São Paulo, que todos os anos vêm renovar as reivindicações do que não foram atendidas nos anos anteriores e apresentar novas demandas. Entre os contatos com ministro e autoridades, o grupo esteva, na tarde desta segunda-feira (5), na Liderança do PCdoB para pedir apoio da bancada às suas reivindicações.

Ana Martins, do Movimento Comunitário da Zona Leste e do PCdoB, que lidera o grupo, diz que além do grande número de habitantes, a região fica distante do centro da cidade cerca de 30 quilômetros. Por isso, a luta por mais melhorias, que abrangem moradias, saúde e educação, principalmente.

Ela faz uma avaliação positiva do movimento. Até 1980, o bairro dispunha de apenas um hospital, hoje são mais de quatro; só tinha seis postos de saúde, atualmente são mais de 200 o Programa Saúde da Família (PSF) começou por lá.

Na Educação, a Caravana conquistou um campus da USP Leste. Agora, as 55 pessoas que fazem parte do grupo trazem a solicitação pela Universidade Federal da Zona Leste e, junto com essa implantação, um hospital-escola para ampliar o atendimento médico.

Clara Fonseca, da Pastoral da Moradia da Zona Leste, diz que “em 25 anos de luta, já entregamos 30 mil moradias. A luta é difícil, mas a gente vai avançando”, garante. Para o setor de moradia, a Caravana traz a reivindicação de maior número de unidades do Programa Minha Casa, Minha Vida e a regularização das áreas de interesse social, para que todos os cartórios possam fazer escritura depois do beneficiário receber o título da posse e o laudo de habitabilidade.

“Temos muitas conquistas de moradia”, diz Ana Martins, destacando que hoje já não existe mais despejo porque as áreas de interesse social são negociadas.

Antônio Marques Pereira, presidente da Associação Comunitária Chácara Soares, detalha as reivindicações na área da saúde. “Viemos reivindicar mais médicos e ampliação do Programa Saúde da Família, além de cadeiras motorizadas para 700 pessoas portadoras de necessidades especiais cadastradas na Pastoral da Saúde e que usam cadeiras comuns, que produzem lesões nos membros superiores pelo esforço repetitivo.

De Brasília
Márcia Xavier