Rússia e China vetam resolução contra a Síria na ONU

A Rússia e a China exerceram nesta quinta-feira (22) seu poder de veto no Conselho de Segurança da ONU para impedir a aprovação de uma iniciativa promovida pelo Ocidente destinada a remeter a Síria à Corte Penal Internacional (CPI).

Impulsionado oficialmente pela França e a Lituânia, o projeto de resolução justifica a proposta afirmando que a situação no país árabe "constitui uma ameaça à paz e à segurança internacionais" e se apoia na opinião da alta comissária para os Direitos Humanos, Navi Pillay, de que supostamente ali se cometem crimes de lesa-humanidade.

Moscou e Pequim consideraram que caso tal documento fosse aprovado, isto não ajudaria a tão ansiada solução política do conflito na Síria, onde extremistas e mercenários apoiados desde o exterior trataram por mais de três anos de impor a mudança de regime que os Estados Unidos e seus aliados buscam.

O projeto de resolução que circulou no Conselho de Segurança acusa Damasco e grupos armados antigovernamentais de violar os direitos humanos e o direito internacional humanitário.

Ademais, exige que as partes cooperem com a CPI, e estabelece um acompanhamento do tema pelo Conselho de Segurança.

A Síria expressou de maneira reiterada em diversos espaços e foros das Nações Unidas seu rechaço à manipulação do tema dos direitos humanos como arma para atacar o governo do presidente Bashar al Assad.

De acordo com o embaixador permanente Bashar Jaafari, em declarações de autoridades da ONU, como Pillay, e em múltiplos documentos sobre o conflito se oculta deliberadamente a responsabilidade do terrorismo promovido desde o exterior pela morte de civis e a destruição de infraestrutura.

O diplomata sírio insistiu em que seu país não viola os direitos humanos nem ataca a população.

Nós não assassinamos nossa gente, é o terrorismo respaldado desde o exterior que faz isso, advertiu recentemente, ao rechaçar um dos informes com acusações contra seu país.

Prensa Latina