Geração de emprego deve diminuir em toda a América Latina em 2014
Um relatório da Organização Internacional do Trabalho (OIT) e da Comissão Econômica para a América Latina e Caribe (Cepal), publicado nesta quinta-feira (22), assinala que o cenário econômico de 2014, com um crescimento estimado em 2,9%, é pouco favorável para o mercado trabalhista na América Latina. Por isso, as entidade assinalaram a necessidade de avançar na geração de emprego de qualidade e fomentar a inserção no trabalho produtivo dos jovens.
Publicado 23/05/2014 10:12
Ambas as instituições consideram que pelo modesto crescimento econômico projetado e as tendências atuais da participação trabalhista, se prevê um baixo ritmo de geração de emprego, com o qual não diminuirá de forma notável a taxa de desemprego. O relatório “Conjuntura Trabalhista na América Latina e Caribe” aponta ainda para a necessidade de contar com seguros-desemprego e outras medidas de proteção para enfrentar tal cenário.
O documento faz um levantamento do comportamento do mercado trabalhista em 2013 e destaca que, apesar da baixa na dinâmica econômica, a taxa de desemprego seguiu caindo entre 2012 e 2013, ano em que se marcou seu nível mais baixo em décadas (6,2%).
No entanto, existem dúvidas sobre a sustentabilidade deste positivo desempenho no futuro próximo, enfatiza o relatório. Como antecedente do que possa ocorrer durante o ano, a OIT e a Cepal indicaram que o trabalho assalariado cresceu menos que nos anos anteriores, o que resultou em uma leve queda do índice de ocupação.
Os jovens foram o grupo mais afetado, pois seu desemprego aumentou entre 2012 e 2013 de 14 a 14,3%, comparado com o dos adultos – cujo nível foi 3,2 vezes menor. Apesar dessas cifras, o relatório considera que a geração de emprego no último decênio, o fortalecimento da proteção social e a implementação de inovadores programas sociais foram fatores importantes para a redução da pobreza.
Fonte: Prensa Latina