Eleições apertadas levam candidatos para segundo turno na Colômbia

O candidato colombiano da oposição, Óscar Zuluaga, e o presidente Juan Manuel Santos, que busca um novo mandato, disputarão o segundo turno da eleição presidencial, em 15 de junho, já que nenhum deles alcançou os 50% necessários para a vitória.

Santos e Zuluaga

Zuluaga foi o mais votado na Colômbia com 29,27% dos votos, seguido de perto pelo presidente Juan Manuel Santos, que ficou com 25,63%. Quase empatados, os candidatos têm agora três semanas para desenvolver as estratégias para alcançar a Presidência do país.

Depois de uma primeira campanha carregada de acusações mútuas de guerra suja, Santos e Zuluaga voltarão a se enfrentar com posturas irreconciliáveis sobre o processo de paz com as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc). O governo Manuel Santos e as Farc estão no meio de uma difícil negociação de paz, mediada por Havana.

Para o presidente Juan Manuel Santos, o segundo turno definirá também o futuro das negociações. "O que ficou claro é que, em três semanas, os colombianos terão duas opções. Poderão escolher entre os que querem o fim da guerra e os que preferem uma guerra sem fim. E vamos ganhar com a paz", exclamou Santos, acompanhado de sua família.

Depois de parabenizar Zuluaga "por seu bom resultado", Santos pediu aos outros três candidatos da disputa que se unam a ele pela paz. A conservadora Marta Lucía Ramírez ficou em terceiro lugar no pleito, com 15,5% dos votos, seguida da esquerdista Clara López (15,23%) e do independente Enrique Peñalosa (8,29%).

Já Zuluaga prometeu trabalhar para que as Farc não saiam impunes. "Não podemos deixar que as Farc pretendam comandar o país de Havana. O presidente da República não pode, nem deve ser manipulado. Se o primeiro presidente permitir impunidade para aqueles que cometeram crimes atrozes e crimes de lesa-humanidade estará transmitindo que ser honesto e criminoso é a mesma coisa", frisou Zuluaga.

O índice de abstenção teria ficado em torno de 60%, em um dia considerado pelo governo como um dos mais seguros na história recente do país, em meio a uma trégua eleitoral declarada pelas Farc e pelo Exército de Libertação Nacional (ELN).

Théa Rodrigues, da Redação do Portal Vermelho,
Com informações da Prensa Latina e de agências de notícias