Deputado luta nos EUA por liberdade para cinco heróis cubanos 

Na segunda-feira (9), as delegações se dividiram em reuniões com deputados e senadores no Capitólio, em Washington. Renato Simões esteve no grupo que incluiu parlamentares e lideranças de movimentos sociais do Brasil, Equador, Venezuela, Alemanha, Inglaterra e dos Estados Unidos. O grupo se reuniu pela manhã com o deputado do Partido Democrata, Jim McGovern.

“As reuniões tiveram como objetivo sensibilizar parlamentares estadunidenses para que pleiteiem junto ao presidente Obama uma solução humanitária para três presos políticos cubanos que ainda permanecem nos cárceres dos Estados Unidos, como um gesto para uma nova relação com Cuba”, destacou o deputado Simões.

O deputado ressalta que as prisões se deram em decorrência de falsas acusações e que, portanto, a mobilização em Washington pretende que eles possam ser libertados e voltar para suas famílias e para o povo cubano, que os define como heróis de sua luta.

No domingo (8) o deputado participou de um seminário com as delegações internacionais, na Casa de Maryland, em Hyattsville, cidade próxima da Washington. Da mesa, coordenada pela ativista Vânia Ramirez, participaram parlamentares do Brasil, da Argentina (Araceli Ferreyra, da Frente para la Victoria), do Chile (Hugo Gutiérrez, do Partido Comunista Chileno), de El Salvador (Damian Alegria, da Frente Farabundo Marti de Liberación Nacional), e a prefeita de Richmond, Califórnia, Gayle McLaughlin.

Prisão sem provas

A jornada contou também com uma Marcha Internacional, no sábado. A concentração foi em frente à Casa Branca, sede do governo dos EUA, e percorreu as principais ruas do centro até próximo ao Departamento de Justiça do governo estadunidense.

“Exigimos um posicionamento do presidente Obama em relação à violação dos direitos humanos dos presos políticos cubanos, condenados irregularmente a altíssimas penas em decorrência de sua luta contra o terrorismo praticadocontra Cuba”, destacou o deputado Renato Simões.

Gerardo Hernández, Ramón Labañino, Fernando González, Antonio Guerrero e René González, os cinco heróis cubanos, foram presos por agentes do FBI em Miami, acusados de espionagem e confinados em solitárias por 17 meses mesmo antes de serem julgados. Quando o caso chegou ao tribunal foram condenados sem que, durante todo o julgamento, o governo dos Estados Unidos conseguisse comprovar a acusação de espionagem.

Os cinco eram integrantes da Rede Vespa, criada por Cuba e composta por 12 homens e duas mulheres que monitoravam nos Estados Unidos alguns dos 47 grupos anti-castristas sediados na Flórida. Cuba, após o triunfo da revolução, em 1959, foi alvo de mais ataques terroristas do que qualquer outro país do mundo. E a imensa maioria deles, organizada a partir do sul da Flórida, por grupos tolerados pelo governo dos Estados Unidos.

Da Redação em Brasília
Com PT na Câmara