CNA condena comportamento de opositores sul-africanos

A crítica do CNA foi dirigida diretamente contra Julius Malema e outros legisladores do fórum minoritário Combatentes pela Liberdade Econômica (EFF), que proferiram insultos e cometeram faltas à ética parlamentar.

Um comunicado do partido liderado pelo presidente Jacob Zuma sublinhou que expressões de Malema a respeito de que "membros do governo eram assassinos de mineiros" são falsas, enganosas, mal intencionadas e incompatíveis com o decoro das Câmaras constituintes.

O controverso líder do EFF negou-se a retirar suas declarações e exortou os integrantes de sua organização a iniciar um protesto quando os oficiais lhe ordenassem se retirar do recinto ontem quinta-feira.

Durante a manifestação, os deputados seguidores de Malema gritaram frases desrespeitosas contra o CNA e fizeram gestos injuriosos não habituais na sede solene do Parlamento, na Cidade do Cabo.

Tal conduta escandalosa só traz descrédito à Câmara, nunca se tinha visto algo assim em 20 anos de história deste Parlamento democrático, apontou a comunicação do partido tradicional do falecido ícone Nelson Mandela.

Esse tipo de comportamento aberrante, disfarçado de militância política ou radicalismo é um deboche completo a esta instituição e despreza o povo da África do Sul em cujo nome este Parlamento existe, acrescenta a nota do CNA.

Além disso, o ex-ministro de Comunicações da África do Sul, Yunus Carrim, pediu a Malema resolver seus próprios problemas fiscais em lugar de criticar o presidente Zuma ante o Parlamento.

Carrim respondeu ao discurso do dirigente opositor na contramão do Chefe de Estado com uma exortação a que Malema limpe seus problemas de dívida financeira.

"Ele (Malema) mencionou problemas de dívidas do Estado. Não obstante, esqueceu cuidadosamente de falar sobre seu próprio débito milionário ante o Serviço de Rendas e Impostos da África do Sul", afirmou o alto dirigente do CNA.

Os deputados do EFF, de extrema esquerda, recusam cumprir com a etiqueta regulamentar de traje e gravata, e assistem às sessões do Parlamento com jaquetas vermelhas e inclusive capacetes de mineiros.

Fonte: Agência Prensa Latina