China e Coreia do Sul instalarão tratado de livre comércio

Entre essas áreas figuram a recusa sul-coreana a reduzir as tarifas de seus produtos agrícolas e o medo chinês de abrir seus setores de serviços, explicaram especialistas.

O compromisso de concluir essas negociações este anos aparece em uma declaração emitida ontem à noite em Seul depois das conversas oficiais entre Park e Xi, que chegou ontem a esse país vizinho em visita oficial de dois dias.

Esta é a primeira ocasião na que o Presidente Xi viaja à Coreia do Sul desde que assumiu o cargo em março de 2013, ainda que já teve reuniões com seu par sul-coreano em cinco ocasiões.

De acordo com as versões publicadas aqui, Xi e Park avaliaram o avanço deste acordo de livre comércio, acordaram em promover convênios e investimento em moeda chinesa e em estabelecer uma meta de comércio bilateral anual de US$ 300 bilhões.

Sobre o tema, o diário China Daily consultou o pesquisador Shen Minghui, do Instituto de Estudos de Ásia-Pacífico da Academia de Ciências Sociais da China, quem expressou otimismo no resultado das conversas bilaterais do tratado de livre comércio.

Ambas partes sabem bem das dificuldades da cada uma e acho que este pacto poderá estar estabelecido antes do final do ano, disse Shen.

Segundo Zhuang Rui, vice-reitor do Instituto da Economia Mundial da Universidade de Economia e Negócios Internacionais de Pequim, o progresso dessas negociações "é mais lento do que esperado, ainda que o acordo será assinado o antes possível".

China e Coreia do Sul realizaram 11 rodadas de conversas desde maio de 2012 e a próxima terá lugar em meados deste mês no país vizinho, de acordo com o anúncio do Ministério de Comércio em Pequim.

Estudiosos indicaram que esse acordo cobrirá 14 setores, entre eles intercâmbio de mercadorias, comércio de serviços, investimentos, meio ambiente e comércio em linha.

Shen afirmou que o estabelecimento de um acordo de livre comércio entre a China e a Coreia do Sul oferecerá uma modalidade e uma força que impulsione as negociações que ambos países mantêm com o Japão para a criação de um pacto trilateral que se converta em uma associação regional.

A integração econômica da Ásia Oriental tem enfrentado dificuldades em anos recentes e especialistas consideram que o estabelecimento do pactuo China-Coreia do Sul facilitará a implementação de um marco para a Associação Econômica Integral desta região do mundo.

Fonte: Prensa Latina