Presidente chinês visita Coreia do Sul para promover cooperação

O presidente chinês, Xi Jinping, chegou nesta quinta-feira (3) a Seul para uma visita de Estado à Coreia do Sul. Xi descreveu as conquistas da China e da Coreia do Sul na cooperação bilateral em diversas áreas desde o estabelecimento das relações diplomáticas, há 22 anos. Na situação regional, a China tem apelado frequentemente pela estabilidade e o diálogo na Península da Coreia e instado os Estados Unidos a renunciar a uma política externa de interferência.

Xi Jinping - Reuters

O chanceler sul-coreano Yun Byung-se recebeu o presidente da China, que também enfatizou a formação de uma “verdadeira comunidade de interesses”, no âmbito de um “relacionamento bilateral [que] está, neste momento, em um novo ponto de partida.”

“A injeção de novas forças motrizes ao seu desenvolvimento é o tema que ambos os países enfrentam,” disse o Xi, pontuando a que será a sua principal tarefa durante a visita à Coreia do Sul. O presidente chinês, em artigo divulgado pelos jornais sul-coreanos, sugere que os dois países persistam na amizade e na boa vizinhança, no reforço de cooperações de benefícios recíprocos, na preservação da paz e da estabilidade e na realização de intercâmbios humanos.

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É a primeira vez que o presidente chinês visita a Coreia do Sul nesta condição. Durante sua estadia em Seul, Xi Jinping também vai se encontrar com a presidenta sul-coreana, Park Geun-hye, com o presidente do Parlamento, Chung Ui-hwa, e o primeiro-ministro, Chung Hongwon. Além disso, o chefe de Estado chinês ainda vai discursar na Universidade de Seul.

Os imigrantes chineses no país afirmaram que o encontro dos líderes terá grandes significados históricos para as relações bilaterais, a prosperidade e a estabilidade da Ásia, além do processo de paz na Península Coreana.

O secretário-geral da Associação dos Chineses na Coreia do Sul, Han Xian, citado pela Rádio China Internacional, apontou que o presidente chinês vai se encontrar com representantes de grandes empresas sul-coreanas, o que vai impulsionar as cooperações empresariais entre os dois países e beneficiar a economia sul-coreana.

Estabilidade asiática e interferência dos EUA

A nível regional, a aproximação da China com a Coreia do Sul também remete à política externa norte-americana, que tem se refletido com maior intensidade e de maneira programada na região Ásia-Pacífico, um esforço que alguns acadêmicos estadunidenses pontuam com uma medida de “contenção” da China.

Entretanto, os chineses insistem em afirmar uma postura de cooperação, e não de enfrentamento, com os EUA, mas também advertem contra uma atuação regional, por parte do governo norte-americano, prejudicial à estabilidade e à consolidação da paz, prioridades para a China, assim como o posicionamento justo e igualitário não só na geopolítica, mas também no comércio internacional.

Na quarta-feira (2), o presidente chinês havia se reunido, em Pequim, com o ex-secretário do Tesouro dos Estados Unidos, Henry Paulson. Segundo Xi Jinping, a China tem persistido no caminho de desenvolvimento pacífico e quer assumir as responsabilidades e obrigações internacionais que correspondem ao poder nacional.

Paulson declarou que a sua visita à China visa reforçar a cooperação comercial entre o setor comercial da China e dos EUA, de forma a buscar mais apoio para alcançar acordos bilaterais de investimento.

“O governo chinês espera que os EUA possam manter uma visão objetiva sobre as políticas externas da China,” disse o líder chinês, que também apelou ao reforço dos intercâmbios e da cooperação, a fim de promover os avanços das relações bilaterais.

Da Redação do Vermelho,
Com informações da Rádio China Internacional