Com a palavra, as vítimas do conflito armado colombiano

Com mais de 400 participantes, começou nesta sexta-feira (4), na cidade de Villavicencio, o primeiro de três fóruns regionais sobre as vítimas do conflito armado colombiano, o quinto ponto da agenda do diálogo entre o governo e a guerrilha das Farc.

“Tenho escutado das vítimas a dor, mas também sua expectativa pela paz”, afirmou na abertura o Coordenador Residente e Humanitário da ONU na Colômbia, Fabrizio Hochschild, que acrescentou que os afetados nestes anos de guerra, unidos por seus direitos, podem ser convertidos em uma força cidadã.

O diálogo realizado nestes fóruns regionais – acrescentou – enriquecerão com conteúdos a mesa de conversações entre o governo e a guerrilha.

Alguns dos que têm sofrido na própria carne estes mais de 50 anos de conflito, em sua grande maioria mulheres, constroem propostas e sobretudo coincidem na necessidade da reconciliação para alcançar a paz.

Delegados dos estados de Meta, Caquetá, Guaviare, Vichada, Guainía, Vaupés, Amazonas, Casanare e Cundinamarca debatem em várias mesas paralelas sobre a necessidade da justiça, a reparação e garantias de que não os episódios não se repitam.

As propostas no encontro, acompanhado pelas Nações Unidas na Colômbia e pelo Centro de Pensamento e Acompanhamento do Processo de Paz da Universidade Nacional, serão enviadas às partes em diálogo para enriquecer este tema, o quarto de cinco pontos da agenda de paz.

O primeiro fórum termina neste sábado (5) e, segundo o cronograma, o próximo encontro se realizará em 10 e 11 de julho em Barrancabermeja (Santander), com participantes de Antioquia, Norte de Santander, Santander, Arauca, Boyacá, Bolívar e Cesar.

De acordo com os organizadores, uma semana após cada encontro regional serão entregue ao governo e à guerrilha os primeiros documentos com as propostas recolhidas.

Prevê-se que no fórum nacional, em 5 e 6 de agosto em Cali, em Vale do Cauca, participem 1.200 mil delegados de todo o país.

Prensa Latina