FSM propõe campanha mundial em apoio a camponeses paraguaios presos

Uma delegação da Federação Sindical Mundial (FSM) visitou sete dirigentes camponeses presos ilegalmente na penitenciária Nacional de Tacumbú, região metropolitana de Assunção, no Paraguai. Entre eles está o secretário-geral do Movimento Agrário do Paraguai (Moapa) e líder da resistência de Curuguaty, Rubén Villalba.

Federação Sindical Muncial em Tacumbú Paraguai - Reprodução

Liderada pelo secretário-geral da FSM, George Mavrikos, a delegação [integrada por Ilias Blatas e pelo presidente da Confederação dos Trabalhadores do Equador, Edgar Sarango] manteve encontros com sindicatos e organizações sociais daquele país.

No dia 15 de maio, a Federação Sindical Mundial emitiu um pronunciamento, em Atenas (Grécia) sede oficial do organismo internacional, em solidariedade ao dirigente camponês de Curuguaty, Rubén Villalba. Ele é o único preso político acusado pela morte de seis policiais durante o Massacre de Curuguaty (15 de junho de 2012) que ainda não ganhou o direito de cumprir a pena em regime domiciliar.

Não há provas contra os presos políticos do Massacre de Curuguaty. Uma pesquisa extra judicial realizada pela Coordenadoria de Direitos Humanos do Paraguai (Codehupy) constatou que durante o episódio onde centenas de famílias foram desalojadas pela polícia e resultou na morte de 11 camponeses e seis oficiais, nenhuma arma dos agricultores foi disparada, o que prova a inocência dos presos políticos. Porém, a justiça paraguaia ignora esse fato e segue com o processo para levar os 14 trabalhadores rurais presos a julgamento, mesmo sem provas concretas.

George Mavrikos anunciou que será realizada uma campanha mundial pela liberdade dos camponeses paraguaios presos nos organismos nos quais a FSM atua e nas embaixadas paraguaias.

Da redação do Vermelho, com CTB