União Europeia decide impor mais sanções contra a Rússia

Os membros da União Europeia (UE) concordaram com a intensificação das sanções contra a Rússia devido à crise na Ucrânia, dizem diplomatas europeus citados pela emissora PressTV, nesta terça-feira (8). Enquanto o governo ucraniano mantém uma operação militar contra os residentes do leste, que já causou centenas de mortos e milhares de refugiados, a maioria dos governos europeus, que respaldaram o processo de golpe e apoiam a nova liderança, continuam acusando a Rússia de ingerência.

União Europeia - União Europeia / Vídeo

Os embaixadores dos 28 Estados membros da UE decidiram adicionar mais pessoas à lista de empresas públicas e privadas e funcionários políticos da Rússia já atingidos pelas sanções europeias.

Os nomes a serem adicionados também terão seus bens congelados e serão impedidos de viajar, medidas ainda pendentes da decisão de uma reunião prevista para esta quarta-feira (9), em Bruxelas, sede da Comissão Europeia. Os presidentes dos EUA e da França, Barack Obama e François Hollande, já tinham ameaçado o presidente russo Vladimir Putin com mais sanções caso o seu governo não tomasse “medidas imediatas” para distender a situação no leste.

Leia também:
Putin denuncia chantagem do Ocidente com sanções à Rússia
Tropas ucranianas avançam para ocupar Donetsk

Governo da Ucrânia retoma operação militar e Rússia rechaça ingerência
Otan anuncia mais fundos à Ucrânia e maior projeção belicosa

Insurgentes e civis têm sido alvos de uma operação militar lançada ainda pelo governo interino, instalado após o golpe de fevereiro, e que foi relançada pelo novo governo de Petro Poroshenko, empossado após eleições controversas, realizadas durante confrontos intensos e ataques das tropas do governo no leste e no sudeste da Ucrânia.

Poroshenko conta com o respaldo dos Estados Unidos e da UE, bloco com o qual já assinou um acordo de associação de forma antidemocrática e em pleno conflito armado. Os EUA também têm respaldado o novo governo ucraniano e milícias com armas e logística para combater grupos que têm sido denominados, de forma tendenciosa, de “pró-russos”, enquanto a Rússia tem apelado reiteradamente pelo fim da ingerência externa na questão e pelo diálogo político doméstico e internacional.

A UE já impôs sanções contra líderes russos e da península da Crimeia, que realizou um referendo pela independência da Ucrânia e a reintegração à Rússia, em março. Mais de 60 indivíduos e empresas estão listados como alvos das sanções.

As regiões do leste ucraniano, habitadas majoritariamente por falantes de russo, têm sido cenário de confrontos fatais, ataques aéreos e ofensivas terrestres pelas tropas ucranianas desde o lançamento da operação militar, em meados de abril, para conter a insurgência contrária ao processo do golpe e da instalação de um novo governo.

Com informações da PressTV,
Tradução da Redação do Vermelho