Ministério do Esporte jogou um bolão na melhor Copa do Mundo

Da candidatura do país, liderada por Orlando Silva, às obras estruturais e realização do evento, o Ministério fez uma campanha exitosa juntamente com os Comitês Organizadores Locais e realizou a melhor Copa do Mundo. Colocou em xeque os pessimistas que previam o caos e enfrentou com firmeza todos os embates com os setores conservadores, inclusive internacionais, e isso fez com que o povo brasileiro sentisse um grande orgulho do papel desempenhado pela pasta.

Por Ana Flávia Marx

estádio Copa 2014

Porém, é preciso destacar um personagem por sua responsabilidade: o ministro do Esporte, que enfrentou a luta política em torno da Copa como um bravo defensor do Brasil.

A coragem de Aldo Rebelo já é reconhecida no país. Ele, que já foi comparado com o advogado Heráclito Fontoura Sobral Pinto na ocasião da defesa do Código Florestal, saiu maior e, novamente, colocou os interesses da nação brasileira acima de qualquer outra coisa.

Jornais de todo o mundo afirmaram que a Copa no Brasil foi a melhor de todas realizadas na história. O jornal Valor Econômico imprimiu: "Esperava-se o hexa em campo e caos na organização. Aconteceu o contrário: vexame em campo, sucesso na organização". A mesma tese foi defendida pelo colunista do Financial Times, Simon Kuper, que expressou que “Fora de campo, o Brasil viveu uma boa Copa. Essa é uma recompensa por si só”.

Diagnóstico muito diferente do previsto por parte da imprensa brasileira, que torceu por caos nos aeroportos, obras nos estádios inacabadas, manifestações incendiárias, roubos e terror dos estrangeiros.

Como era de se esperar, Aldo combateu com convicção o sentimento colonialista que Nelson Rodrigues titulou como “complexo de vira-lata”. A reedição do livro Pátria de chuteiras foi feita com o apoio do Ministério do Esporte. Os críticos acharam que era uma ação de pouco impacto e elitista, mas o resultado foi que acabou tornando a hastag #NelsonExplica um viral na internet.

A Copa, de fato, foi do Brasil e isso também devemos ao ministro. Muitos defendiam que a Copa tinha que ser concentrada no eixo Rio de Janeiro – São Paulo e, no máximo Minas Gerais e Brasília. Manaus e Cuiabá proporcionaram um espetáculo nos jogos que sediaram e fez qualquer um que defendesse o contrário, ficasse com vergonha.

E os mais colonialistas que esperavam um Brasil cheio de pessoas peladas, com índios, mata e selva, como vislumbrava os ingleses, Aldo Rebelo fez um gol que pode ser comparado ao do jovem James, da Colômbia.

“Não creio que o Brasil vá trazer mais riscos, nem Manaus para os ingleses, do que o risco que eles enfrentaram nas províncias iraquianas, nas guerras que praticaram recentemente.” Ora, se os ingleses podem ir para o Iraque fazer uma guerra, porque não poderiam vir ao Brasil jogar futebol?

Aldo é do tipo que não se deslumbra fácil e não fica parado. Ele mesmo foi in loco por diversas vezes em todas as cidades-sede acompanhar item a item os preparativos do evento mundial. Mesmo que isso lhe rendesse uma manchete de um dos ministros que mais usou o jato da Força Aérea Brasileira, como fez o jornal Folha de S. Paulo, que o tempo fez campanha contrária a Copa.

Quando tentaram politizar o torneio e usá-lo como a bala de prata para definir o resultado eleitoral, foi Rebelo que colocou a bola no chão e disse que com a “Copa não se ganha voto e nem eleição”.

Por fim, o que todos nós sabíamos antes e que Aldo Rebelo pronunciou e foi capa de jornais e revistas, é que o Brasil confiava no seu jeito de fazer a Copa. “O brasileiro tem um jeito próprio de organizar e sempre entrega o que precisa”, declarou em março deste ano.

O povo brasileiro, fora a parcela que estava nas arquibancadas, deu uma bela demonstração de que todos os povos aqui são bem recebidos e sempre encontrarão a nossa receptividade e alegria. 

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 Que venha a Copa da Rússia em 2018 e, finalmente, o nosso tão esperado e sonhado hexacampeonato.