PCdoB do Rio de Janeiro realiza reunião ampliada e debate eleições

Mais de 200 comunistas se reuniram no início desta noite no auditório do Sindicato dos Bancários para debater o projeto eleitoral do PCdoB, analisar o momento do processo eleitoral e os informes e proposições da direção do comitê municipal, liderado Waldemar de Souza, presidente dos comunistas na capital. Estavam presentes militantes, dirigentes e representantes da frente institucional e dos movimentos sociais e estudantil.

Waldemar abriu os trabalhos da reunião e convidou os camaradas para compor a mesa diretora. Além do presidente municipal do Partido, estavam presentes à mesa: o presidente estadual do PCdoB e primeiro suplente de Romário (PSB) na canidatura ao senado, João Batista Lemos; a Secretária Municipal de Políticas para as Mulheres do Rio de Janeiro, Ana Rocha; a deputada estadual Enfermeira Rejane, o dirigente nacional, Adalberto Monteiro; o ex-diretor da ANP e membro da Comissão Política do Comitê Central, Haroldo Lima; o ex-deputado federal e candidato ao legislativo estadual, Edmilson Valentim; Mônica Miranda, representando a União Brasileira de Mulheres (UBM); o presidente municipal da União da Juventude Socialista (UJS), Edson Santana; o presidente do Sindicato dos Correios e candidato a deputado federal, Ronaldão; o professor doutor da UFRJ e membro do Comitê Estadual, Hélio Mattos.

O dirigente nacional do Partido, Adalberto Monteiro, iniciou sua intervenção reafirmando a solidariedade do PCdoB ao povo Palestino e o repúdio aos violentos e repetidos ataques de Israel em Gaza:

"Nós os comunistas somos partidários da paz , da soberania dos povos. Não podemos aceitar a morte de tantas pessoas, dentre elas, muitas crianças. Soltar nosso grito contra a ofensiva em Gaza faz parte da nossa campanha permanente contra o imperialismo".

Adalberto discorreu enfaticamente sobre a importância da reeleição da presidenta Dilma Rousseff para a continuidade dos avanços populares no país, salientando também que os setores conservadores da sociedade, como a grande mídia – por exemplo – farão uma intensa e desleal campanha contra a presidenta e contra a esquerda, além de uma forte campanha pró Aécio e pró oposição:

"A grande mídia seguirá turbinando a oposição como um todo, sobretudo, seu candidato predileto, Aécio Neves (…) Nós reafirmamos que a sucessão presidencial será regida pelo confronto entre dois caminhos opostos. Ou o Brasil segue avançando, apoiado nas realizações dos governos Lula e Dilma, entrando numa etapa de mais desenvolvimento e com a realização das reformas estruturais. Ou então o nosso país dará marcha ré e voltará ao danoso período do neoliberalismo".

O presidente da Fundação Maurício Grabois continuou enfatizando que:

"Precisamos ganhar corações e mentes, dialogar e ter humildade e paciência para ouvir o povo, que vem sendo bombardeado por esse sistema de comunicação. Temos que ter a capacidade de mostrar ao nosso povo o que está em jogo. Que a reeleição de Dilma significa que nosso povo pode alcançar novas conquistas, aumentar a distribuição de renda, avançar na valorização do trabalho, diminuir as desigualdades regionais, avançar na saúde no sentido de fortalecer o SUS", afirmou o dirigente do Comitê Central comunista.

Adalderto ainda destacou que o PCdoB lançou 76 candidatos (as) deputado (a) federal, 762 ao legislativo estadual, sendo 8 chapas próprias, 3 candidatos a vice-governador, 2 ao senado. Além da candidatura de Flávio Dino ao governo do Maranhão.

Em seguida o presidente do PCdoB da capital, Waldemar de Souza, teve a palavra e enfatizou os encaminhamentos da direção municipal do Partido, expondo a prestação de contas do Comitê Municipal:

"Esta disputa eleitoral é a maior batalha política na atualidade. Os principais trunfos do PCdoB para esta luta – onde estão em jogo os interesses dos trabalhadores e as perspectivas para o país – são suas ideias e propostas (já apresentadas à presidenta Dilma) e sua combativa militância. As propostas do Partido realçam a importância do desenvolvimento econômico robusto e duradouro, para elevar a qualidade de vida do povo (…) Esta é uma eleição de sentido estratégico: a luta pela quarta vitória do povo. Aqui na capital a militância dará o melhor para contribuir com a vitória da presidenta Dilma (…) No mesmo sentido, temos esta grande novidade, de repercussão nacional, a formação da frente de esquerda no Rio de Janeiro (PT, PCdoB, PSB e PV). É a campanha pela vitória da esquerda no Rio, liderada pelo senador Lindberg Farias, candidato a governador. Para o Senado a eleição de Romário ganha ainda mais importância face à presença de nosso presidente estadual, João Batista Lemos, na primeira suplência. Nosso entendimento é que a estruturação partidária na capital pode ser um fator destacado para a realização do projeto eleitoral estadual do PCdoB-RJ, sob a consigna: Mobilizar a militância pela eleição de nossas e nossos deputados e deputadas…", trecho exposto por Waldemar no documento escrito pela direção municipal e entregue aos presentes.

O presidente estadual do PCdoB, João Batista Lemos, enfatizou o projeto eleitoral do partido e a importância do fortalecimento da unidade da esquerda:

"Chegamos nessa fase de uma forma exitosa. A guerra é de batalha em batalha, mas temos que ter estratégia. Vamos lutar para reeleger Jandira e o segundo federal. Conseguimos a suplência da candidatura ao senado, e lá a nossa pauta será o trabalho. Conseguimos construir uma frente à esquerda, e vamos realizar nosso projeto eleitoral. Reeleger a camarada Rejane e lutar para eleger mais 2 camaradas na ALERJ. Nossa unidade é fundamental, nosso projeto é um só. O nosso alvo principal é Aécio Neves, é ele que queremos derrotar. Eleger Lindberg também faz parte do nosso projeto, conseguirmos um governo mais à esquerda irá contribuir bastante para os avanços no país", destacou o líder dos comunistas no estado.

Diversos membros da mesa também fizeram suas intervenções, que também foram realizadas por vários comunistas que estavam no plenário. Novas reunião serão marcadas pelo Comitê Municipal comunista durante o decorrer do processo eleitoral.

*Por Bruno Ferrari