Síria desmente acusações da Unicef

O Ministério de Saúde da Síria recusou as acusações feitas pelo Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), segundo as quais as autoridades do país teriam impedido a distribuição de remédio a 10 mil crianças na cidade de Moasamieh.

Refugiados palestinos na Síria - UNRWA

Em um comunicado, o Ministério qualificou como "ilógicas e irreais" as propostas contidas em um relatório da ONU segundo o qual, em 16 de julho, tropas impediram que nos comboios de ajuda humanitária levados a essa localidade, a cerca de seis quilômetros ao oeste de Damasco, fossem incluídos medicamentos pediátricos.

As autoridades de saúde da Síria argumentam que o documento da ONU contém erros claros, e se perguntam Por que o governo sírio permitiria a entrega de alimentos e leite às crianças de Moadamieh e, ao mesmo tempo, impediria a entrega de medicamentos e vacinas para eles?

O texto questiona ao mesmo tempo as cifras manejadas pela ONU com respeito à população dessa cidade, segundo as quais haveria ao redor de 20 mil pessoas, delas cerca de 9.200 menores de idade que precisam de vacinas.

O Ministério afirma que realmente durante uma reunião prévia com representantes do ministério de Assuntos de Exterior e Emigrantes e organizações da ONU, solicitou ampliar a lista de medicamentos fornecidos a Moasamieh.

Além disso, explica, sugeriu enviar duas clínicas móveis à cidade para proporcionar serviços de saúde in situ.

O denúncia do Ministério de Saúde explica que, de fato, ao comboio que entrou nessa cidade em 16 de julho foram entregues 2.400 doses de vacinas através da organização Crescente Vermelho da Síria, além de 1.700 seringas e duas mil doses de vitamina A infantil.

O Ministério exige a quem fez "essas alegações falsas" que denuncie os verdadeiros responsáveis – em referência aos grupos terroristas – de impedir a entrega de vacinas a crianças na Síria, que além disso também mata, faz com que as crianças passem fome e inclusive as recrutam para suas ações militares.

Pelo contrário, enfatiza o texto, os membros do Ministério de Saúde trabalham sem descanso para entregar vacinas e materiais de saúde a todas as crianças na Síria, trabalho durante o qual vários deles inclusive perderam a vida.

Fonte: Prensa Latina