Irã pede acesso a Gaza para entregar ajuda aos palestinos
O Irã pediu nesta quinta-feira (24) a reabertura da passagem fronteiriça de Rafah para entregar ajuda humanitária à população de Gaza, vítima da agressão israelense, enquanto autoridades louvaram a resistência dos palestinos frente ao inimigo sionista.
Publicado 24/07/2014 18:25

A chancelaria iraniana chamou o governo do Egito a permitir "o mais cedo o possível" o acesso ao enclave costeiro pelo cruzamento de Rafah e aliviar o sofrimento de pessoas inocentes, sobretudo crianças e mulheres, assediados por 16 dias consecutivos por bombardeios de Israel.
Muitos palestinos na Faixa enfrentam condições críticas de vida, falta de medicamentos e requerem assistência humanitária, indicou a porta-voz do Ministério das Relações Exteriores, Marzieh Akfham, ao expressar esperança em que se permita a chegada de ajuda enviada por vários países.
Fontes do Crescente Vermelho iraniano (similar à Cruz Vermelha) assinalaram que o primeiro carregamento de suprimentos médicos, alimentos e outros materiais foi enviado ao Egito graças a uma ordem do presidente Hassan Rouhani, mas espera a permissão do Cairo para cruzar por meio de Rafah.
Por sua vez, o Colégio Médico do Irã expressou em outra nota sua determinação de enviar médicos e equipes de paramédicos a Gaza para prestar serviços.
Em um comunicado divulgado em Teerã, a chancelaria instou ao mundo islâmico a mostrar real apoio ao movimento de resistência palestino, o qual – considerou – "está defendendo o Islã em uma batalha desigual contra o terrorismo de Estado e o regime racista de Israel".
A este respeito, chamou à mobilização mundial no dia 25 de julho em ocasião do Dia de Al-Quds, nome árabe da cidade santa de Jerusalém, no qual por iniciativa do Ímã Khomeini, a Ummah (comunidade) islâmica expressa solidariedade com a causa palestina na última sexta-feira do mês do Ramadã.
A nota enaltece a firmeza dos palestinos da Faixa que enfrentam "a escalada dos brutais ataques sionistas e a matança e feridas a centenas de pessoas indefesas no mês sagrado de jejum do Ramadã", e acusa Telavive de se empenhar em "judaizar" Jerusalém e mudar sua identidade islâmica.
Por sua vez, o ex-presidente iraniano Mohammad Khatami sublinhou que a invasão israelense ao enclave costeiro expôs o "rosto mais feio do terrorismo de estado" num país nascido sobre a base da usurpação de outros territórios e exclusão de direitos civis.
Khatami subscreveu a exortação do líder supremo da Revolução Islâmica, aiatolá Ali Khamenei, a consolidar a resistência uma vez que – apontou – "a única via de lidar com este regime selvagem é continuar a luta armada e estendê-la à Margem Ocidental (Cisjordânia)".
Depois de Rouhani instruir o envio de uma ajuda humanitária de emergência a Gaza, a vice-presidente para Assuntos das Mulheres e da Família, Shahindokht Molaverdi, reprovou a brutal matança de crianças em uma carta enviada ao secretário geral da ONU, Ban Ki-moon.
Fonte: Prensa Latina