Parlamento búlgaro aceita renúncia de governo
O parlamento da Bulgária aceitou nesta quinta-feira (24) a renúncia do governo do premiê Planen Orecharski, como passo prévio às eleições antecipadas, previstas para 5 de outubro próximo.
Publicado 24/07/2014 17:57

A decisão contou com 180 votos a favor, oito contra e igual número de abstenções entre os 196 deputados participantes nessa decisão, do total de 240 com que conta a Assembléia Nacional.
O executivo do independente Orecharski foi apoiado em seus 17 meses de trabalho pelo Partido Socialista Búlgaro (PSB) e o da minoria turca, ao chegar ao poder em outras eleições adiantadas, depois da queda da equipe conservadora de Boiko Borisov.
A demissão do gabinete tinha sido pactuada entre as principais forças políticas do país, considerado o mais pobre da União Européia (UE), depois do fracasso do PSB na contenda eleitoral de finais de maio último para eleger os membros da Eurocâmara.
Nas eleições européias, o partido GERB, de Borisov, ganhou a maioria dos votos e agora é visto como o possível vencedor da contenda nas urnas de outubro próximo.
Orecharski recebeu críticas da população por favorecer oligarcas e círculos empresariais, em lugar de cumprir suas promessas de melhorar substancialmente a vida dos cidadãos.
Precisamente, a queda do governo de Borisov em fevereiro de 2013 produziu-se no meio de manifestações contra as políticas de austeridade, a alta das tarifas de energia e outros serviços.
Meios de imprensa recordam aqui que o pagamento pelo consumo de gás e eletricidade supera em várias vezes o salário mínimo dos búlgaros, a sua vez, um dos mais baixos da UE.
No entanto, as segundas eleições antecipadas em menos de dois anos poderiam levar novamente os conservadores ao poder.
O presidente búlgaro, Rosev Plevneliev, prevê dissolver a Assembléia Nacional em 6 de agosto deste ano, para depois designar um governo interino que organize as eleições.
Fonte: Prensa Latina