Fortaleza: Médicos e gestores discutem piso salarial
Melhores condições salariais para os médicos. Esta foi a pauta discutida entre representantes dos médicos do Município de Fortaleza e do Sindicato dos Médicos do Estado do Ceará (SIMEC) com os gestores municipais, na última quarta-feira (23/07). A reunião, que ocorreu na sede da Secretaria de Planejamento, Orçamento e Gestão (Sepog), teve como tema principal a adoção do piso salarial indicado pela Federação Nacional dos Médicos (Fenam), de R$ 10.991,19 para 20 horas semanais.
Publicado 25/07/2014 10:07 | Editado 04/03/2020 16:26
Representando o SIMEC, estiveram o vice-presidente Samuel Abranques e o diretor de assuntos jurídicos Fernando Carvalho. Eles conversaram com o secretário de Planejamento, Orçamento e Gestão, Philipe Nottingham, e a secretária de Saúde, Socorro Martins. A reunião estava prevista em conversa anterior com o prefeito Roberto Claudio.
Os médicos expuseram a insatisfação da categoria quanto à questão salarial. Este seria o entrave para uma dedicação total ao serviço púbico. “Tenho certeza de que muitos prefeririam estar trabalhando exclusivamente em seus locais, mas, infelizmente, não é possível com esta remuneração”, disse um deles.
Os gestores apontaram algumas dificuldades para a implantação do piso salarial. Uma delas é que o valor máximo do salário de um servidor municipal não pode ultrapassar o subsídio ganho pelo prefeito, que é de aproximadamente R$ 16 mil – valor próximo ao proposto pelos médicos. Outro entrave para a implantação do salário, segundo Nottingham e Martins, é a situação financeira do município. Eles argumentaram que os gastos com servidores estão bastante próximos do limite prudencial.
Uma das soluções apresentadas foi a diminuição das gratificações em detrimento de um salário maior, bem como um equilíbrio entre os valores. Fernando Carvalho exemplificou usando a situação em Brasília, onde o piso da Fenam é adotado: “Um amigo trabalha na atenção básica e está bastante satisfeito, pois recebe satisfatoriamente e a diferença entre sua remuneração e a de outro colega de outro setor não é grande”, afirmou.
Por fim, ficou decidido que uma comissão formada por médicos do Município e o SIMEC elaborarão, até o dia 13 de agosto, uma proposta de plano salarial para a categoria. Ela será entregue à Sepog para análise e discussão.
Fonte: SIMEC