Congresso dos EUA não chega a acordo sobre crise na fronteira
O Congresso estadunidense tratará de aprovar nesta sexta-feira (1º/8) um plano para outorgar fundos federais e enfrentar a crise causada pela chegada de milhares de crianças desacompanhadas à fronteira sul do país.
Publicado 01/08/2014 13:44

Depois de fracassar na quinta-feira (31) numa iniciativa que reduzia o pedido da Casa Branca de US$ 3,7 bilhões a US$ 649 milhões, os líderes republicanos da Câmara realizam esforços nesta sexta para juntar 218 votos que lhes permitam aprovar uma legislação que responda à crise fronteiriça.
Ao mesmo tempo, na noite de quinta, o Senado não prosseguiu a iniciativa defendida pelos democratas para mobilizar US$ 2,7 milhões, que foi bloqueada pelos republicanos, que alegaram que o texto não incluía ações para deter a onda de imigrantes.
Os republicanos fazem questão de emendar uma lei de 2008 sobre o tráfico de pessoas para facilitar a deportação dos jovens da América Central em busca de asilo.
Ainda que a Câmara baixa aprove seu plano, é difícil que se obtenha um documento negociado com o Senado e que este chegue à mesa do presidente Barack Obama antes do recesso.
Segundo fontes legislativas o objetivo dos republicanos é tratar de aprovar algo para demonstrar aos eleitores que "dão respostas à crise" nos momentos que percorrem os estados se preparando para as eleições de meio termo de novembro.
O legislador pelo Texas, Blake Farenthold, resumiu a situação ao dizer que a incapacidade da Câmara para aprovar uma medida tornaria mais difícil para seus membros fazer frente a seus eleitores sobre a crise na fronteira.
O fracasso do projeto apresentado na quinta-feira foi atribuído às pressões do senador republicano Ted Cruz, respaldado pelo Tea Party. Cruz pediu a seus colegas republicanos na Câmara de Representantes que recusassem a medida por ser demasiado "tímida".
O senador do Texas defende a anulação da política de Obama que em 2012 suspendeu as deportações de residentes sem documentos que chegaram aos Estados Unidos como crianças junto a seus pais.
Fonte: Prensa Latina