Deputada Isaura presta solidariedade ao povo palestino

Durante o período de apresentação de matérias, em sessão ordinária nesta quarta-feira, 6, a deputada Isaura Lemos, presidenta estadual do PC do B, apresentou requerimento para manifestar solidariedade ao povo palestino, que tem sido vítima de ataques de Israel.

Segundo ela, mais de duas mil pessoas já morreram no conflito, sendo que mais de 400 eram crianças.
Em julho de 2014, uma nova escalada de violência teve início na região, com o sequestro e assassinato de três jovens judeus na Cisjordânia. O ataque foi atribuído ao Hamas, mas o grupo não assumiu a autoria da ação. Dias depois, um jovem palestino foi morte em Jerusalém por extremistas judeus.
A partir desses episódios, em 8 de julho, as forças israelenses e o Hamas passaram a se atacar incessantemente, por meio de foguetes e bombardeios. No dia 17 de julho, Israel deu início a uma operação terrestre que multiplicou o número de mortos. O Hamas prometeu vingança e os ataques dos dois lados se seguiram.
Em 9 de agosto, após um mês de confrontos, um total de 2.002 pessoas morreram. Do lado palestino, foram 1.935 mortes, incluindo pelo menos 1.408 civis, sendo 452 crianças e 235 mulheres. Do lado israelense, 67 pessoas, sendo 64 soldados e 3 civis. Trata-se do número de baixas militares mais alto desde a guerra contra o Líbano, em 2006.

Entenda o conflito:
Israel x Palestina

Habitada há mais de 3 mil anos, a Faixa de Gaza era ponto de passagem para antigas civilizações e um entreposto estratégico no Mediterrâneo. Foi dominada pelo Império Otomano até a Primeira Guerra Mundial.
Tanto os israelenses quanto os palestinos acreditam que Gaza pertence a eles. Por isso, os conflitos são históricos e nunca param. Principalmente pela questão geográfica, os israelenses acreditam que a Faixa de Gaza é dominada por invasores que fugiram de outras terras e lá se acomodaram. Logo, Israel ‘quer tomar de volta o que um dia foi seu de direito’.
Do outro lado, os palestinos nunca tiveram, de fato, um território. Por se concentrarem na Faixa de Gaza, na época em que eram refugiados de outras terras, eles acreditam que a região é sua, por direito. Além disso, quando o território israelense foi determinado pela ONU, a Faixa de Gaza ficou de fora. Logo, palestinos querem ‘ter o direito de ficarem onde sempre se concentraram’ e ainda contam com o apoio de outros países.
Existe ainda a questão religiosa. A Faixa de Gaza faz parte do território conhecido como Terra Prometida. Ambos os povos acreditam que a região é sagrada e não deve ser povoada por povos que não possuem a mesma crença que eles.