Resistência palestina e regime israelense aceitam mais uma trégua
O Movimento de Resistência Islâmica Palestina (Hamas) e outras facções palestinas aceitaram neste domingo (10) um cessar-fogo de 72 horas com o regime de Israel na sitiada Faixa de Gaza, segundo informaram fontes palestinas, entre estas a agência de notícias Donya al-Watan.
Publicado 10/08/2014 20:52
A proposta do Egito, mediador no conflito palestino-israelense de iniciar um novo cessar-fogo entre as partes foi aceita pelos negociadores palestinos, informou também a agência noticiosa estadunidense AP.
O porta-voz do Hamas, Sami Abu Zuhri, tinha assegurado no começo do dia que "há uma proposta para outra trégua de 72 horas para permitir que as negociações prossigam".
Por sua parte, o secretário de imprensa do primeiro- ministro israelense, Ofir Gendelman, tinha alegado que o citado regime não negociaria com os palestinos.
Na segunda-feira passada (4) as duas partes aceitaram uma trégua de 72 horas proposta pelo Egito, que foi rompida, com a retomada dos ataques israelenses sobre o território palestino.
Como consequência da ofensiva israelense que se iniciou há 34 dias, ao menos 1.916 palestinos morreram, enquanto que 9.885 ficaram feridos.
A Palestina não aceita uma trégua definitiva com o regime de Israel enquanto se mantenha o bloqueio à Faixa de Gaza, declarou neste domingo o chefe da direção política do Movimento de Resistência Islâmica Palestina (Hamas), Khaled Mashal, em uma entrevista à agência noticiosa francesa AFP.
“A trégua é um dos meios ou das táticas destinadas a fazer com que as negociações deem resultado, ou para possibilitar o envio de ajuda humanitária”, disse Mashal, agregando que “o objetivo que buscamos, indispensável para nós é que as reivindicações palestinas sejam atendidas e que a Faixa de Gaza viva sem bloqueio”.
De acordo com Mashal, a demanda palestina de levantar o bloqueio sobre Gaza não tem nada de “fantasiosa”, arguindo que são direitos do povo palestino viver sem bloqueio, viajar, estudar e ter acesso a assistência médica.
Ainda segundo o chefe político do Hamas, a organização e outros agrupamentos políticos palestinos, estão dispostos a resistir no terreno e no plano político e a enfrentar todas as eventualidades.
Com Hispan TV