Trégua em Gaza terá mais cinco dias, diz Egito

Um novo cessar-fogo na Faixa de Gaza terá duração de cinco dias a partir desta quinta-feira (14), afirmam autoridades egípcias, responsáveis pela intermediação das negociações de paz entre israelenses e palestinos. O novo período surge, em detrimento dos três dias que haviam sido inicialmente anunciados.

Faixa de Gaza - Mohammed Abed/AFP/Getty Images

A pausa no conflito foi aceita por ambos os lados para dar mais tempo para as negociações que ocorrem no Cairo, afirmou um comunicado do Ministério das Relações Exteriores do Egito.
“Estamos tentando chegar a um consenso nos pontos relacionados ao fim do cerco”, disse o chefe da delegação palestina, Azzam al-Ahmed, em referência ao bloqueio imposto por Israel à região de Gaza que já dura aproximadamente oito anos.

Nas primeiras horas desta quinta-feira (14), a delegação palestina unificada viajou ao governo Ramalá para consultar os principais líderes do país. A delegação israelense também foi para Tel Aviv com o mesmo objetivo.

Al-Ahmed, líder do Fatah, advertiu que suas exigências para uma trégua permanente incluem a retirada israelense de Gaza, a interrupção dos ataques aéreos, o fim do bloqueio e a libertação de prisioneiros palestinos.

Outros pontos importantes nas negociações é que Israel permita a entrada de 250 caminhões com alimentos e outros produtos necessários à população de Gaza, além de que seja fornecida uma maior quantidade de licenças emitidas para os habitantes cruzarem a fronteira de Erez. Do outro lado, Israel pede que a Faixa de Gaza seja desmilitarizada.

Desde o começo de julho, os israelenses promovem uma investida militar contra os palestinos, em especial na Faixa de Gaza, o que já provocou a morte de mais de duas mil pessoas, incluindo muitos civis. Nestes quase 40 dias de bombardeios, mais de 400 crianças perderam a vida. O número de feridos chega a 10 mil, além da destruição de casas, hospitais e escolas. Os palestinos enfrentam ainda problemas com falta de água, comida e energia elétrica.

Da redação do Vermelho
com informações da Prensa Latina